Primeiro-ministro chinês promete abrir setor financeiro ao capital externo

  • Lusa
  • 2 Julho 2019

O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, considera que o país vai tornar-se mais "aberto, transparente e previsível" para o investimento estrangeiro e que o ambiente de negócios melhorará.

O primeiro-ministro chinês afirmou esta terça-feira que a China vai abrir ainda mais os setores financeiro e de manufatura avançada ao investimento estrangeiro, nos próximos anos, numa altura em que Pequim enfrenta crescente pressão de Washington.

“A China vai promover, incansavelmente, a abertura em todas as frentes”, assegurou Li Keqiang, no discurso inaugural do Fórum Económico Mundial (WEF), conhecido como Davos de Verão, que decorre em Dalian, nordeste da China.

O primeiro-ministro chinês afirmou que o país vai remover os limites da participação estrangeira em corretoras, comércio de futuros e seguradoras, em 2020, um ano antes do planeado, uma decisão que faz “parte dos esforços para abrir ainda mais a indústria financeira e outros serviços”.

Li Keqiang prometeu ainda dar tratamento igual, ao dado às firmas domésticas, às empresas estrangeiras que operem na informação e classificação de crédito e pagamentos, e expandir a abertura em duas direções do mercado de títulos da China.

O responsável insistiu que o país vai tornar-se mais “aberto, transparente e previsível” para o investimento estrangeiro e que o ambiente de negócios melhorará. A segunda maior economia do mundo também vai apoiar o investimento estrangeiro em indústrias como manufatura avançada, fabrico de equipamentos ou produtos farmacêuticos, detalhou.

No domingo passado, a China anunciou que vai reduzir a partir deste mês o número de setores interditos ao investimento estrangeiro, numa altura em que Estados Unidos e Europa exigem acesso recíproco ao mercado.

A subida ao poder de Donald Trump nos EUA ditou já o início de uma guerra comercial, com os dois países a aumentarem as taxas alfandegárias sobre centenas de milhões de dólares de produtos de cada um. Para além de exigir uma balança comercial mais equilibrada, Trump quer que a China ponha fim a subsídios estatais para certas indústrias estratégicas. Também Bruxelas reclama maior reciprocidade, depois de firmas chinesas terem comprado, nos últimos anos, empresas e ativos estratégicos em toda a Europa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Primeiro-ministro chinês promete abrir setor financeiro ao capital externo

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião