FinLab junta reguladores e lança dez empresas

  • ECO Seguros
  • 9 Julho 2019

No fim do primeiro ano dez empresas tecnológicas foram desenvolvidas em contacto direto com os reguladores CMVM, BdP e ASF. O Conselho Nacional de Supervisores Financeiros passou à prática.

O Portugal FinLab, projeto no qual são entidades parceiras a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o Banco de Portugal (BdP), a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) e a Associação Portugal Fintech, apresentou os resultados e o Relatório da primeira edição da iniciativa, que decorreu entre setembro de 2018 e abril de 2019. “Experimentámos uma nova forma de estar com a inovação”, comentou Gabriela Figueiredo Dias, presidente da CMVM concluindo que essa convivência com os novos empreendedores contribuiu para que o resultado do FinLab seja “tranquilo e refletido para que tudo o que fizermos seja robusto, ponderado e positivo”.

O Portugal Finlab foi lançado com o objetivo de constituir um canal de comunicação entre os três supervisores do sistema financeiro, setores segurador, bancário e dos mercados financeiros, e empresas com projetos inovadores de base tecnológica para a área financeira, permitindo que estas entidades, possam compreender melhor as suas obrigações regulatórias.

Portugal Finlab Report - 09JUL19
Helder Rosalino pelo Banco de Portugal, João Gião pela CMVM e Manuel Caldeira Cabral pela ASF, representaram os reguladores.Hugo Amaral/ECO

Na sessão que decorreu na sede da CMVM, e que contou com representantes dos Conselhos de Administração dos três supervisores financeiros. Helder Rosalino, que representou o Banco de Portugal, salientou que os “os modelos de intermediação de há séculos estão a mudar devido à tecnologia que obriga os reguladores a “sendo neutrais e atentos, terem de ser flexíveis”. Manuel caldeira Cabral, administrador da ASF, acentua que “uma boa regulação permite a dinâmica do mercado” recomendando que a tecnologia deve ser “abraçada, compreendida e se deve evoluir com ela”, destacando no FinLab o facto de os empreendedores poderem evoluir com segurança devido à proximidade com os reguladores. João Gião, administrador da CMVM, resumiu que a tarefa dos entidades de regulação e supervisão “não é fácil, todos nós nos preocupamos com os investidores mas também com a evolução tecnológica”.

40 candidaturas, dez eleitos

No final de um ano e neste Open Day da Portugal FinLab, foi revelado que foram apresentadas 40 candidaturas, ou seja, quatro vezes mais do que as dez vagas disponíveis, das quais 30% foram de empresas estrangeiras.

Portugal Finlab Report - 09JUL19
João Freire de Andrade, da Portugal FinTech, o agregador do projeto FinLab.Hugo Amaral/ECO

João Freire de Andrade, presidente da Portugal FinTech reuniu três investidores dos dez selecionados para revelarem benefícios que colheram desta experiência perto dos reguladores. Houve unanimidade na vantagem de poderem desde logo perguntar e alinhar seguimento do projeto esclarecidas as dúvidas regulatórias que surgem a todo o momento.

Maria João Teixeira da CMVM, Paula Alves da ASF e Carlos Moura do BdP expuseram o trabalho feita desde a seleção até ao trabalho final em conjunto com a Portugal FinTech. Foram indicados os critérios de seleção dos candidatos e que foram a necessidade de apoio regulatório, o caráter inovador do projeto, o estádio de desenvolvimento do projeto e os benefícios e riscos para o consumidor e para o setor financeiro.

As empresas selecionadas apresentam uma grande diversidade de área e geografia, sendo metade estrangeiras e dividindo-se nas categorias de pagamentos, crypto e blockchain, P2P e P2B lending e regtech. Destaca-se ainda que 40% destes projetos se enquadravam no âmbito das áreas de competência partilhada do BdP e da CMVM e houve ainda um projeto que envolveu os três reguladores.

As FinTech selecionadas foram a Infosistema, Utrust, StudentFinance, Aplazame, Ecospend, Quidgest, AllianceBlock, Matchplace, Quantum Leap e Hapi (ex-Bankonnect).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

FinLab junta reguladores e lança dez empresas

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião