EDP está a perder quota no mercado livre da eletricidade há 17 meses

A elétrica mantém-se na liderança com uma quota de 79,7% dos clientes do mercado livre de eletricidade, mas em maio voltou a perder peso, tendência que se observa desde janeiro do ano passado.

A EDP Comercial mantém-se na liderança do mercado liberalizado de eletricidade, com grande destaque, mas a distância face à concorrência é cada vez menos. Em maio, a elétrica liderada por António Mexia viu a sua quota de mercado descer pelo 17.º mês consecutivo.

De acordo com o resumo informativo para o Mercado liberalizado de Eletricidade divulgado esta quinta-feira pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), em maio, o número de clientes do mercado livre ascendia a perto de 5,16 milhões de clientes. Este número representa um crescimento líquido de cerca de 14,2 mil clientes (0,3%) face a abril. Desde maio do ano passado, o número de consumidores no regime de preços livres cresceu ainda 2,6%, a uma taxa média mensal de 0,2%.

Em maio, 26.720 clientes passaram a ser fornecidos por um comercializador do mercado livre, dos quais 6.163 transitaram do mercado regulado e 20.557 entraram diretamente para as carteiras dos comercializadores em regime de mercado. Por oposição, 14.195 clientes optaram por sair daquele mercado.

Entre entradas e saídas de clientes, a EDP Comercial manteve a liderança no mercado liberalizado, mas perdeu terreno para a concorrência. Depois de ter visto a sua quota de mercado cair abaixo da fasquia dos 80% em abril, registou uma nova quebra em maio. Esta fixou-se em 79,7%, tendo a energética registado o 17.º mês consecutivo de perda de quota, menos 0,2 pontos percentuais face a abril.

A EDP Comercial perdeu clientes para a concorrência num mês em que foram registadas 39.050 mudanças de comercializador no mercado livre.

Nesse “jogo”, a Endesa e a Iberdrola foram as ganhadoras. Ambas viram as suas quotas reforçadas em 0,1 pontos percentuais, para 6% e 5,7%, respetivamente. As restantes comercializadoras mantiveram praticamente as suas quotas: a Galp (5,1%), a Goldenergy (1,7%), a GN Fenosa (0,5%), a YLCE (0,2%) e o conjunto de comercializadores agrupados na rubrica “Outros” (1,1%).

No que respeita a consumo, em maio, foi registada uma quebra de 84 GWh face a abril, com este a fixar-se em 43.026 GWh no mercado livre. Face ao período homólogo, o consumo no mercado livre, pelo contrário cresceu a uma taxa média mensal de 0,1%. O consumo no mercado livre atingiu em maio 94% do consumo total registado em Portugal continental.

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