Dois motoristas “detidos” por não cumprirem requisição civil, diz sindicato

Pedro Pardal Henriques garante que o dois motoristas foram detidos pelas autoridades esta quarta-feira, por não cumprirem a requisição civil do Governo.

Dois motoristas terão sido “detidos” esta quarta-feira por não cumprirem a requisição civil do Governo, denunciou Pedro Pardal Henriques, que representa os motoristas que transportam matérias perigosas. Em declarações transmitidas pela RTP 3, o advogado acrescentou que os trabalhadores estavam em casa no momento das alegadas detenções.

“Aqui estão duas pessoas que foram detidas e que têm de se apresentar à empresa. Temos notícia de que virão outras a caminho. E temos visto a lista que é imensa e que chega a 50 detenções”, garantiu o advogado. “Espero que haja muito mais, porque depois não sei como é que vai existir alguém para conduzir os camiões”, reiterou.

Pedro Pardal Henriques explicou que as autoridades terão recebido ordens para deter os trabalhadores de uma determinada empresa e trazê-los às instalações em Aveiras de Cima, para irem trabalhar. “Caso não trabalhem terão de ir obrigatoriamente detidos para a esquadra”, afirmou.

Num comunicado da GNR, citado pelo Observador, a guarda esclareceu que nenhum motorista foi detido. Houve, sim, quatro motoristas notificados por desobediência.

A greve dos camionistas subiu de tom esta quarta-feira, depois de o Governo ter avançado com uma requisição civil parcial e de estar a identificar e a notificar os motoristas que estejam a incumprir aquela ordem do Estado. Estes poderão incorrer num crime de desobediência.

Na manhã desta quarta-feira, perante estas informações, Pedro Pardal Henriques apelou aos trabalhadores para que não cumpram os serviços mínimos nem a requisição civil. Uma atitude considerada de “irresponsabilidade” pelos patrões representados pela Antram.

(Notícia atualizada às 20h18 com informações oficiais da GNR)

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