Energia pesa em Lisboa. Investidores temem guerra comercial e Brexit
Num dia em que o Stoxx 600 caiu 1%, em linha com as bolsas norte-americanas, a praça de Lisboa fechou a perder 0,40%. As negociações voltam a estar condicionadas pela guerra comercial e pelo Brexit.
As bolsas europeias fecharam em queda e o principal índice nacional não escapou ao sentimento negativo dos investidores, que temem o aumento das tensões comerciais entre os EUA e a China e a incerteza em torno do processo do Brexit.
Num dia em que o Stoxx 600 recuou 1%, o português PSI-20 perdeu 0,40%, fechando a cotar em 4.913,35 pontos. A praça lisboeta foi penalizada pelo fraco desempenho do setor energético, no qual se destaca a família EDP.
A EDP Renováveis registou uma queda de 1,43%, para 9,66 euros, enquanto o grupo EDP derrapou 1,42%, para 3,605 euros. Também a Galp Energia — que comunicou esta manhã ao mercado um aumento da produção de petróleo em 21% no terceiro trimestre do ano acompanhado de uma desaceleração na refinação e distribuição — pesou no índice, com uma queda de 1,35%, para 13,485 euros, corrigindo a valorização superior a 2% registada na sessão de segunda-feira.
PSI-20 fecha em terreno negativo
A travar a queda do índice português esteve a valorização de 2,14% dos títulos da Corticeira Amorim. Cada ação da empresa vale 9,56 euros. Em simultâneo, a Mota-Engil recuperou pouco mais de 1%, graças a um novo contrato para recolher resíduos no Brasil e depois da queda 1,80% da sessão anterior.
Apesar dos ganhos mais ligeiros, o BCP e a Jerónimo Martins também ajudaram. O banco liderado por Miguel Maya fechou na linha de água (com um ganho de 0,11%) e as ações a valerem 0,1904 euros. Já a retalhista dona do Pingo Doce, que foi alvo de uma revisão em alta do preço-alvo das ações pelo Barclays, valorizou 0,13% para 15,085 euros por ação.
Os mercados de capitais em todo o mundo estão novamente condicionados por receios em torno das questões comerciais e do Brexit. Nota para a subida das tensões comerciais entre China e EUA, a poucos dias do início de mais uma ronda negocial, ao mesmo tempo que o Reino Unido caminha a passos largos para um Brexit sem acordo com a União Europeia (UE), o que poderá acontecer já a 31 de outubro, como tem avisado o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.
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