Portugal já pagou 2 mil milhões da dívida aos parceiros europeus. Credores “agradecem” no Twitter
Portugal agendou para esta quinta-feira o primeiro reembolso antecipado aos credores europeus. Passou um cheque de dois mil milhões de euros que, entretanto, já foi entregue.
Depois de saldar a dívida junto do Fundo Monetário Internacional (FMI), Portugal começou a pagar a dívida aos credores europeus. O primeiro reembolso antecipado foi feito esta quinta-feira, 17 de outubro. O cheque, de dois mil milhões de euros, já foi, entretanto, recebido pelo Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF).
Numa publicação no Twitter o FEEF, liderado por Klaus Regling, que também diretor do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), partilhou uma publicação a anunciar a chegada do “cheque”. “O FEEF já recebeu o pagamento antecipado de dois mil milhões de euros de Portugal”, lê-se na publicação.
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“O pagamento antecipado confirma a forte capacidade de acesso aos mercados” por parte do país, acrescenta o tweet, apontando para os juros mínimos históricos que Portugal está a conseguir nas sucessivas emissões de obrigações do Tesouro. No mercado secundário, a taxa a 10 anos está nos 0,19%. É também sinal da “confortável posição de liquidez”, remata.
Esta dívida tem um custo médio de 1,7%, que apesar de muito mais baixo que o juro do empréstimo ao FMI fica consideravelmente abaixo dos custos de mercado. O Secretário de Estado Adjunto e das Finanças Ricardo Mourinho Félix afirmou, em entrevista à Lusa, que o pagamento antecipado de dois mil milhões de euros, que venciam apenas em 2025 e 2026, ao FEEF permitirá uma poupança em juros acumulada da ordem dos 120 milhões de euros.
Ao longo de 2017 e 2018, Portugal reembolsou de forma antecipada o total da dívida ao FMI, que tinha um custo médio de 4,4%. No total, o reembolso desta dívida antes do tempo gerou uma poupança de 1,92 mil milhões de euros ao Estado. Assim, no acumulado, o valor de poupança sobe para 2.040 milhões de euros.
(Notícia em atualizada às 15h43 com mais informação)
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