Mexia diz que não pode deixar um acionista interferir no plano estratégico da EDP
Em entrevista ao Jornal Económico, António Mexia avisa os chineses da China Three Gorges que não vai permitir que um acionista impeça o desenvolvimento do plano estratégico da EDP.
O presidente da EDP, António Mexia, defende que a parceria com os chineses da China Three Gorges tem de ser vantajosa para as duas empresas e que não pode permitir que “um acionista interfira ou impeça o desenvolvimento do plano estratégico”, um recado deixado aos acionistas chineses numa entrevista ao Jornal Económico.
“A parceria com a CTG tem de ser uma parceria, como se costuma dizer, win-win para a CTG e para a EDP. Outra coisa não poderia acontecer”, disse o líder da elétrica nacional, acrescentando que a empresa quer desenvolver negócios em locais e áreas que sejam benéficos tanto para a EDP, como para a China Three Gorges, a maior acionista da EDP.
“Qualquer parceria, seja na América Latina ou para qualquer tecnologia, terá de ter em conta os interesse de todos os acionistas da EDP, ponto.
E o que queremos, e temos neste momento, é estar em sítios onde essa parceria é boa para as duas companhias. Isto é o trabalho. As parcerias servem para isso”, explica o responsável.
António Mexia garante ainda que existe interesse de acionistas americanos na elétrica: “Vemos interesse de muitos fundos americanos na EDP”.
O mercado das renováveis nos Estados Unidos tem “um potencial gigante” devido aos recursos e à forte procura, sublinha o responsável da elétrica que ganhou quatro concursos nos EUA, no final de outubro. Mas a empresa também vai explorar outros mercados e o Japão poderá ser o próximo passo para desenvolver o offshore.
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