Banco de Portugal já está a avaliar idoneidade de Pedro Leitão para CEO do Montepio
O nome indicado para presidente executivo do Banco Montepio já chegou ao Banco de Portugal para avaliação de "fit and proper". Processo deverá demorar 30 dias se não forem pedidos dados adicionais.
Pedro Leitão já está a ser avaliado pelo Banco de Portugal para ser o próximo CEO do Banco Montepio, segundo noticia o Jornal Económico (acesso livre). O atual Chief Digital Officer do Banco Atlântico Europa foi, como avançou o ECO, indicado para o cargo de presidente executivo do banco e deu entrada, esta semana, o pedido de avaliação de idoneidade junto do regulador.
O JE apurou que o BdP recebeu o processo de fit and proper no início da semana. O supervisor vai olhar para a idoneidade, bem como qualificação profissional, disponibilidade, independência e potenciais conflitos de interesses dos nomes propostos para membros dos órgãos de administrações dos bancos. O processo tem um prazo legal de 30 dias, mas pode ser interrompido caso a entidade liderada por Carlos Costa pedir mais esclarecimentos.
Na sua descrição no LinkedIn, Pedro Leitão descreve-se como profissional com 24 anos de experiência no setor financeiro. Começou a carreira no BPI (1995-1997), onde foi diretor na divisão de clientes do segmento corporate, contando também com uma passagem pelo BBVA (1997-2001).
Em termos académicos, Pedro Leitão tem um MBA do ISEG e frequentou diversos cursos e programas de gestão executiva e de transformação digital em várias universidades de renome: London Business School, INSEAD, Stanford ou IMD Business School. Foi professor em várias universidades portuguesas.
No Banco Atlântico Europa, onde está desde agosto de 2016, Pedro Leitão é responsável pela transformação digital do banco de capitais angolanos, assumindo também os “pelouros” do marketing, da tecnologia e ainda os negócios de private banking.
Antes disso, foi administrador do Banco Millennium Atlântico (antigo Banco Privado Atântico), em Angola, entre 2011 e 2014, onde foi Chief Operations & Marketing Officer, responsável pela implementação, entre outros da rede de retalho. E foi ainda partner da Deloitte, durante quase uma década, entre 2001 e 2011.
Agora assume um um dos cargos mais escrutinados publicamente nos últimos meses: o de CEO do Banco Montepio. O banco está praticamente sem presidente executivo efetivo desde a saída de José Félix Morgado, isto apesar dos vários nomes que já foram apontados e indicados: Nuno Mota Pinto, Dulce Mota e, mais recentemente, Pedro Alves. Por uma razão ou por outra, nenhum destes nomes chegou a ficar com o cargo que é ocupado interinamente por Dulce Mota, enquanto vice-presidente da instituição, desde que a solução temporária de ter Carlos Tavares como chairman e CEO em simultâneo expirou em fevereiro deste ano.
O Banco Montepio fechou a primeira metade do ano com lucros de 3,6 milhões de euros, menos 77% do que há um ano, um resultado que foi penalizado sobretudo pelo mau desempenho do Finibanco Angola, por maiores encargos com impostos e pela deterioração do negócio em Portugal.
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