Injeção de valores maiores no Novo Banco? “Se tivesse essa proposta, estava a considerá-la no OE”, diz Centeno
Mário Centeno afastou novamente a possibilidade de uma injeção superior no Novo Banco, reiterando que tudo o que está previsto está na proposta de Orçamento do Estado.
O ministro das Finanças garante que não está prevista uma injeção superior no Novo Banco, e que se estivesse estaria na proposta de Orçamento do Estado para 2020 (OE2020). Mário Centeno sublinha também que estas injeções não são consideradas para o esforço estrutural.
Questionado sobre uma injeção superior àquela prevista, Centeno reitera que não tem nenhuma proposta que indique nesse sentido, e que “se a tivesse estava a considerá-la no OE2020”, em declarações aos jornalistas à entrada da reunião do Eurogrupo em Bruxelas, transmitidas pelas televisões.
O ministro das Finanças recorda também que já há uma injeção de capital prevista, sendo que “essas injeções não são consideradas para o esforço estrutural que o ajustamento orçamental em Portugal tem vindo a fazer”. “Essa é a nossa missão mais relevante e não estou minimamente preocupado com essa dimensão”, garante, afastando a possibilidade de um Orçamento retificativo.
Na semana passada, o Governo negou que estivesse “a estudar qualquer injeção de capital no Novo Banco” para acelerar o processo de saneamento do banco vendido em 2017 ao Lone Star, em reação à notícia do Público que avançava que o Executivo estaria a considerar uma injeção única, no valor de 1.400 milhões de euros.
Centeno disse que “não está prevista no Orçamento do Estado para 2020 uma verba no valor de 1,4 mil milhões para o Novo Banco”, contrariamente ao noticiado. No documento, o Governo inscreveu uma verba de 600 milhões de euros — sendo que o Novo Banco deverá pedir cerca de 700 milhões com base nos prejuízos de 2019 –, estando autorizado um total de 850 milhões.
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