Aumento de capital da Cofina tem “luz verde”. Arranca dia 20

Está lançada a operação de aumento de capital com a qual a empresa liderada por Paulo Fernandes pretende obter 85 milhões de euros. Dinheiro será utilizado na OPA sobre a Media Capital.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) já deu “luz verde” ao aumento de capital com que a Cofina, juntamente com outros investidores, vai financiar a compra da Media Capital à Prisa. A operação arranca dia 20 de fevereiro, devendo ficar fechada a 12 de março. Uma vez assegurado o financiamento, seguir-se-á a OPA.

O prospeto, enviado pela Cofina à CMVM no final de janeiro, foi aprovado esta segunda-feira, 17 de fevereiro. Com a publicação deste documento, está lançada a operação de aumento de capital com a qual a empresa liderada por Paulo Fernandes pretende obter 85 milhões de euros.

A “oferta compreende uma oferta pública de subscrição de 188.888.889 novas ações, com subscrição reservada aos acionistas da Cofina no exercício dos respetivos direitos legais de preferência e demais investidores que adquiram direitos de subscrição”, diz a empresa. Cada uma das novas ações terá um custo de 0,45 euros.

“Os acionistas Promendo Investimentos, Caderno Azul, Actium Capital, Livrefluxo, e Valor Autêntico, e a sociedade Pluris Investments, apresentaram compromissos ou intenções de subscrição de Novas Ações, no montante global de aproximadamente 60 milhões de euros”, nota a Cofina. Ou seja, 70% da oferta está já garantida.

Esta operação vai arrancar já no dia 20 de fevereiro. A partir desse dia, as ações da Cofina admitidas à negociação no mercado português passam a transacionar sem direito aos direitos que permitem a subscrição das novas ações. Segue-se um período de negociação destes títulos, sendo que a Cofina prevê que o aumento de capital fique fechado a 12 de março, com a admissão das novas ações no dia seguinte.

Veja as datas do aumento de capital da Cofina:

  • Disponibilização do prospeto: 17 de fevereiro de 2020;
  • Aviso para o exercício dos direitos de preferência na subscrição das novas ações: 17 de fevereiro de 2020;
  • Data limite para aquisição em mercado regulamentado de ações da Cofina com direitos de preferência na subscrição das novas ações incorporados: 20 de fevereiro de 2020;
  • Negociação de direitos de subscrição em bolsa (inclusive): 25 de fevereiro de 2020 a 5 de março de 2020;
  • Período de receção das ordens na oferta (inclusive): 25 de fevereiro de 2020 a partir das 08h30m a 10 de março de 2020 até às 15h00m;
  • Envio pelos intermediários financeiros à Interbolsa das ordens recebidas para a oferta: Diariamente, até às 16h00m dos dias 25 de fevereiro de 2020 a 10 de março de 2020;
  • Data a partir da qual as ordens na oferta se tornam irrevogáveis (inclusive): 5 de março de 2020 após as 15h00m;
  • Período de receção das ordens na oferta particular (inclusive): 5 de março de 2020 após as 15h00m a 11 de março de 2020 até às 12h00m;
  • Data prevista para o apuramento dos resultados da Oferta e da oferta particular junto de investidores institucionais (caso a mesma seja realizada): 11 de março de 2020;
  • Data da liquidação física e financeira das novas ações, subscritas pelo exercício dos direitos no âmbito da oferta: 11 de março de 2020;
  • Data da liquidação física e financeira das novas ações atribuídas em rateio no âmbito da oferta: 12 de março de
    2020;
  • Data prevista da liquidação física e financeira das novas ações subscritas no âmbito da oferta particular (caso a mesma venha a ser realizada): 12 de março de 2020;
  • Data prevista para o registo comercial do aumento de capital: 12 de março de 2020;
  • Data prevista para a admissão à negociação das novas ações: 13 de março de 2020.

Uma vez terminada a operação de aumento de capital, a Cofina, juntamente com os restantes acionistas, poderá avançar com a OPA sobre a Media Capital.

Falta ainda a aprovação da CMVM ao prospeto da OPA da Cofina sobre a Media Capital, sendo que o valor que a dona do Correio da Manhã irá pagar por cada uma das ações da dona da TVI ainda no mercado está definido. Apesar de o auditor independente ter apontado para um valor de 1,90 euros, a Cofina vai pagar os 2,3336 euros com que se comprometeu.

Considerando o valor a pagar em bolsa, mas também o que a Cofina acordou com a Prisa, o negócio está avaliado em 205 milhões de euros (incluindo a dívida). Inicialmente a operação iria ser feita por um valor de 255 milhões, mas a deterioração das contas da Media Capital levou à revisão em baixa do valor em 50 milhões.

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