BCP afunda 6%. Já perdeu um terço do valor desde o início do ano

As ações do banco liderado por Miguel Maya estão em mínimos de janeiro de 2017. Desde o início da semana, o BCP acumula uma perda de 14%, equivalente a 342 milhões de euros.

Uma ação do BCP já não valia menos de 15 cêntimos há, pelo menos, três anos. Os títulos do banco liderado por Miguel Maya estão a afundar 6%, estando a cotar nos 14 cêntimos, numa altura de fortes quedas nas bolsas europeias. Este desempenho pode ser explicado pelo impacto que o aumento do número de casos do coronavírus está a ter nos mercados bolsistas.

Numa sessão em que a bolsa de Lisboa está a perder mais de 3%, os títulos do BCP estão a desvalorizar 6,23% para 0,1399 euros, representando a maior descida do PSI-20 e caminhando para a sétima sessão consecutiva de perdas.

Esta é a cotação mais baixa desde 16 de janeiro de 2017, dia em que as ações tocaram os 0,1383 euros. Desde o início da semana, o banco acumula uma desvalorização de 13,91%, tendo perdido cerca de 342 milhões de euros. Analisando desde o início do ano, já perdeu um terço do seu valor de mercado.

Ações do BCP em mínimos de três anos

Esta queda acentuada das ações do banco nacional acontece numa altura em que os bancos europeus começam a antecipar tempos difíceis para o setor bancário devido ao coronavírus. Esta quinta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) emitiu recomendações à banca, de forma a que as instituições estejam preparadas para a propagação do novo coronavírus.

O BCE espera que os bancos revejam os planos de contingência comercial e avaliem que ações podem tomar para minimizar possíveis impactos decorrentes da propagação do vírus.

Este desempenho do BCP também se replica no resto da Europa. O índice bancário Stoxx-600 Banks está a perder 4,07% para 112,76 pontos, a cotação mais baixa desde 15 de agosto de 2019, dia em que tocou nos 117 pontos. Em Espanha — que também acumula vários casos e mortes por coronavírus –, o banco Santander está a perder mais de 3%, enquanto em Itália o UniCredit está a desvalorizar 3,52%.

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