Wall Street afunda 7%. Petrolíferas Chevron e Exxon tombam 15%
Surto de coronavírus e choque petrolífero criaram tempestade perfeita em Wall Street. Principais índices tombam 7% no arranque americano, com as petrolíferas a registarem quedas vertiginosas de 15%.
Do outro lado do Atlântico, Wall Street também cede em força face ao crash no mercado petrolífero. Os principais índices norte-americanos abriram a sessão com um afundanço de 5%. Petrolíferas como a Chevron e Exxon Mobil acompanham as quedas das pares europeias, apresentando quedas vertiginosas de 15%. Isto enquanto o coronavírus continua a espalhar-se pela Europa e EUA. Criou-se a tempestade perfeita.
O Dow Jones perde 6,8% para 24.106,47 pontos. O S&P 500 cai 6,5% — por causa da magnitude da queda, as negociações foram temporariamente suspensas durante 15 minutos. O tecnológico Nasdaq regista um tombo de 7,22%.
É um mau desempenho que se soma a outras sessões bastante negativas em Wall Street por causa do espalhar do coronavírus em todo o mundo e da incerteza em relação ao impacto na economia mundial.
“Agora temos um impacto negativo nos produtores de petróleo e no investimento, não vamos ter uma subida no consumo porque as pessoas não estão confortáveis por causa dos receios com coronavírus”, disse Simon MacAdam, economista da Capital Economics, citado pela Reuters. “Provavelmente, esta queda do petróleo é mais negativa do que positiva para o mundo“, acrescentou.
No setor do petróleo, a Chevron cai 14,82% para 81,94 dólares, ao mesmo tempo que a Exxon Mobil perde 14,01% para 41,01 dólares. O crash nos títulos das petrolíferas acompanha o crash na cotação do preço do barril de petróleo, que chegou a afundar 30% esta segunda-feira depois de a Arábia Saudita ter anunciado que vai inundar o mercado com a matéria-prima, uma medida de retaliação depois de a Rússia não ter concordado com o corte da OPEP para mitigar o impacto do coronavírus na procura mundial.
O Covid-19 já matou 3.819 pessoas em todo o mundo, tendo infetado quase 110 mil. A China, onde a onde a epidemia eclodiu no final de dezembro, teve 80.735 casos, incluindo 3.119 mortes. Os países mais afetados depois da China são a Coreia do Sul (7.382 casos, incluindo 69 novos, 51 mortes), Itália (7.375 casos, 366 mortes), Irão (6.566 casos, 194 mortes) e França (1.126 caso, 19 mortes).
(Notícia atualizada às 13h46)
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