Mais de uma década depois, Dow Jones entra em “bear market”
No dia em que o coronavírus foi declarado "pandemia", as bolsas dos Estados Unidos registaram perdas na ordem dos 5%, com o Dow Jones a entrar em "bear market".
Os principais índices de Nova Iorque encerraram com perdas, no dia em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o coronavírus como pandemia. As perdas rondaram os 5%, com o Dow Jones a entrar em bear market, ao registar uma queda acumulada de 20%.
O industrial Dow Jones desvalorizou 5,86% para 25.553,22 pontos, representando a segunda queda mais elevada em toda a história. Depois de, há cerca de um mês ter batido máximos históricos, o índice já caiu mais de 20% face e esse recorde, entrando em bear market, diz a Reuters (conteúdo em inglês). Esta foi a primeira vez que o mercado saiu de bull market (em alta) desde a crise financeira de 2008.
Um mercado em baixa — bear market — é confirmado quando um índice fecha, pelo menos 20% abaixo do último máximo. Por seu lado, o S&P 500 perdeu 4,86% para 2.742,28 pontos, tendo registado uma descida de 19% face ao último máximo, tocando, assim, na linha para também entrar em bear market. Já o tecnológico Nasdaq caiu 4,7% para 7.952,05 pontos.
Este cenário acontece no dia em que a OMS declarou o coronavírus uma pandemia, depois de o número de infetados ter superado os 118.000. “Hoje há muitas más notícias, desde o número crescente de pessoas com coronavírus, e diferentes pontos de vista sobre como os estímulos devem acontecer”, diz Peter Tuz, presidente do Conselho de Investimentos, citado pela Reuters.
Além disso, o facto de Donald Trump não adiantar detalhes sobre os planos de Washington para estimular fiscalmente os mercados, bem como as tensões partidárias na Casa Branca ainda pioram mais. “A ajuda fiscal pode demorar devido às diferenças entre o Presidente e o Congresso”, acrescenta Tuz.
(Notícia atualizada às 20h43 com mais informações)
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