Coronavírus encerra lojas. Estas já fecharam as portas

Do retalho à restauração, até ao segmento de luxo, o coronavírus está, aos poucos, a encerrar as portas de muitas lojas.

Depois de o Governo ter decretado que os serviços públicos passam a atender por via eletrónica e, nos casos em que tal não seja viável, será por pré-marcação e apenas para atos urgentes, foram os bancos a avançar com limitações às operações nos seus balcões. E, aos poucos, todos os negócios que têm “porta aberta” começam a fechá-las. Há cada vez mais lojas a cederem ao vírus, do retalho à restauração, até ao segmento de luxo.

Enquanto nos shoppings só alguns lojistas fecharam, por receios quanto a penalizações por parte das gestores desses espaços — a Sonae Sierra só agora veio dar essa possibilidade às lojas nos seus 13 centros comerciais –, nas ruas, há já muitas que reduziram o horário de forma expressiva, ou encerraram mesmo, procurando proteger funcionários mas também para ajudar no esforço nacional de quarentena voluntária perante a pandemia.

Nas lojas de roupa ou decoração, Sacoor, Salsa, Chicco ou Loja do Gato Preto já têm todos os estabelecimentos encerrados. Na restauração, a Haagen Daz, o Grupo Fullest e o H3 foram pelo mesmo caminho. Num segmento de luxo, a Fashion Clinic e Gucci, em Lisboa, também fecharam portas. Veja as lojas que já fecharam:

  • Bancos condicionam clientes nos balcões. Aconselham app

O coronavírus chegou à banca e, consequência disso, é que as instituições bancárias decidiram condicionar o número de clientes, aconselhando ao uso das aplicações no telemóvel. Ao ECO, uma fonte do setor adiantou que os bancos vão condicionar o número de clientes no interior dos balcões ao número de bancários disponíveis a cada momento na parte do atendimento ao público. Mas há quem tenha mesmo optado por encerrar algumas agências, como o banco BiG, que fechou temporariamente 15 das suas agências.

Mantém-se a recomendação de privilegiar os canais digitais homebanking ou aplicações dos bancos — na realização de operações quotidianas, como pagamentos, consultas de extratos bancários ou transferências. Adicionalmente, em vez da deslocação a uma agência, poderá usar a rede de ATM.

  • CTT atendem à porta fechada. E encerram 18 lojas

Os CTT anunciaram esta segunda-feira que vão implementar o atendimento à porta fechada e encerrar 18 lojas devido à ausência de colaboradores. Assim, as lojas CTT vão ter no interior apenas os clientes que estão a ser atendidos, mantendo no exterior os que estão em fila de espera, “de forma a minimizar a permanência de clientes em loja e para garantir o distanciamento entre cada cliente”.

Além disso, as lojas dos CTT vão sofrer reduções de horário e 18 delas serão encerradas: Buarcos (Vila), Boavista (Oaz), Cesar, Espargo, Travessa (São João da Madeira), Arcozelo (Vila Nova de Gaia), Mesão Frio, São Pedro da Cova (Gondomar), Vila Nova Foz Côa, Cantarias (Bragança), Santa Tecla (Braga), Caxinas (Vila do Conde), Parque (Matosinhos), Praia (Póvoa de Varzim), Gil Eanes (Portimão), Olhos de Água, Sines e Santo António dos Cavaleiros.

  • EDP encerra metade das lojas e agentes exclusivos

Este domingo foi a vez de a EDP Comercial anunciar o encerramento de metade das suas lojas (são 41, no total) e agentes exclusivos (25, no total) a partir desta segunda-feira e por tempo indeterminado. Em comunicado, a empresa referiu que as lojas e agentes exclusivos que se mantiverem abertos terão atendimento restrito e limitação de entrada dos clientes. A lista das lojas e agentes exclusivos que se manterão abertos pode ser vista online.

  • Nos fecha salas de cinema em todo o país

A Nos Cinemas, o Cinema Ideal e o Cinema Nimas (Medeia Filmes) estão encerrados por “motivos de saúde e segurança” em resposta à pandemia de coronavírus. A Nos, por sua vez, encerrou “os 31 complexos de cinemas e as 219 salas em todo o país”, que representam cerca de 40% do mercado nacional. A medida entra em vigor esta segunda-feira e “será aplicada pelo tempo que se justificar”.

A Medeia Filmes anunciou igualmente o encerramento do Cinema Nimas, de hoje a 15 de abril, e o Cinema Ideal, um dos primeiros a anunciar planos de contingência, na semana passada, manter-se-á encerrado até 2 de abril. Na passada quinta-feira metade das 535 salas de cinema da rede de exibição comercial estava em funcionamento, com reforço de higienização e regras de distanciamento entre espetadores.

  • Depois da sede, Parfois fecha as lojas de rua

Há cerca de uma semana, a Parfois decidiu encerrar a sede, em Rio Tinto, depois de um trabalhador ter sido confirmado com coronavírus. Mas, esta segunda-feira, a empresa decidiu ir mais longe. A decisão foi mesmo fechar todas as lojas de rua da marca, uma medida que tem como objetivo a prevenção e proteção dos clientes e colaboradores da empresa, explicou a empresa, que diz já estar a adotar procedimentos para, o mais rapidamente possível, “assegurar o fecho das restantes lojas nos centros comerciais”.

  • Sacoor fecha lojas sem data prevista de reabertura

“Caros clientes, dada a situação de emergência, e no pleno respeito por um comportamento social responsável encerrámos as nossas lojas até novo aviso, no intuito de proteger a saúde e o bem-estar de todos os colaboradores e clientes”. Foi esta a mensagem deixada pela Sacoor Brothers aos clientes, numa publicação feita esta segunda-feira no Facebook. Minutos mais tarde, em comunicado enviado às redações, a empresa explicou que não tem data prevista de reabertura, estando ainda a “avaliar a situação caso a caso, e de acordo com a realidade de cada país”.

Face a este encerramento, “a loja online continuará em funcionamento (enquanto estiverem reunidas todas as condições) e os serviços de apoio ao cliente foram reforçados para dar resposta a eventuais dúvidas decorrentes desta situação”.

  • Salsa encerra temporariamente. Equipas em casa

A Salsa também decidiu encerrar as suas lojas. “Decidimos encerrar temporariamente todas as nossas lojas em Portugal”, refere a empresa de vestuário num comunicado partilhado nas redes sociais. Diz que colocou as equipas a trabalhar, mas a partir de casa, enquanto para os clientes da marca a porta continua aberta mas através do site, sendo que pode haver constrangimentos nas entregas. No caso das trocas, o prazo foi prolongado para 30 dias “após a normalização da situação atual”.

  • Chicco encerra lojas, mas garante encomendas

A Chicco anunciou esta segunda-feira o encerramento temporário das suas lojas, embora vá manter “algumas lojas-piquete apenas para encomendas por telefone”, anunciou a empresa, em SMS enviado aos clientes. Tal como outras lojas, a marca de roupa para crianças referiu que as compras poderão ser feitas online.

  • Loja do Gato Preto encerra fisicamente… mas mantém-se online

No mundo da decoração, a cadeia Loja do Gato Preto também anunciou o fecho de portas. Este domingo, a empresa revelou nas redes sociais que, “para saúde e segurança da nossa comunidade, clientes, colaboradores e famílias”, todos os espaços físicos ficarão encerrados por tempo indeterminado. Esta é uma medida que também afeta as lojas em Espanha, lê-se na publicação do Facebook. Ainda assim, os produtos poderão ser comprados através dos canais online.

  • Amorim Luxury encerra restaurantes JNcQUOI, Fashion Clinic e Gucci

E os impactos do coronavírus também estão a ser sentidos na restauração. Na semana passada, o Grupo Amorim Luxury decidiu “encerrar temporariamente” os restaurantes JNcQUOI Avenida, JNcQUOI ASIA, Ladurée, o JNcQUOI CLUB, bem como as lojas Fashion Clinic e Gucci, situadas em Lisboa, no Porto e no Algarve. Além disso, a empresa de Paula Amorim anunciou o adiamento da abertura da nova loja Dolce & Gabbana na Avenida da Liberdade, em Lisboa.

  • Cadeia H3 fecha todos os restaurantes

O anúncio foi feito este sábado no Facebook da cadeia de restauração. “Iremos encerrar, de forma temporária, todos os nossos restaurantes, a partir das 00h00 horas do dia 15/03/2020”, lê-se na publicação, que justifica esta decisão com os recentes desenvolvimentos de coronavírus. “Esta decisão resulta da impossibilidade de assegurar aos nossos colaboradores as condições de segurança e de saúde em todos os aspetos do seu trabalho”.

A H3 referiu ainda que esta medida foi “devidamente discutida com especialistas em saúde e segurança no trabalho” e foi condicionada pelo facto de muitos dos 1.200 trabalhadores fazerem “parte de grupos de risco” ou terem “contacto direto com familiares pertencentes a esse grupo”.

  • Häagen-Dazs fecha todas as lojas

A marca de gelados também anunciou esta segunda-feira o encerramento de “todas as lojas da marca devido à crescente ameaça” do coronavírus. “O encerramento será por tempo indeterminado, desde o dia de hoje até à data em que for seguro voltar a abrir portas, mediante avaliação diária do estado de evolução do vírus no país”, referiu a Häagen-Dazs, em comunicado. Por enquanto, a marca mantém-se disponível “nas grandes superfícies de retalho, gasolineiras e canais HORECA”.

  • Grupo Fullest encerra temporariamente restaurantes

Os efeitos do coronavírus também chegaram ao Grupo Fullest, uma das maiores cadeias de restaurantes do país, que anunciou o encerramento temporário dos seus espaços a partir desta terça-feira. “De forma organizada e planeada, o Grupo tem vindo a suspender a atividade nas suas unidades para salvaguardar a saúde dos seus colaboradores e clientes”, referiu a empresa, em comunicado, acrescentando que “para já, não existe previsão para o fim da suspensão, esperando-se que seja tão breve quanto possível”. O Grupo Fullest aproveitou ainda para deixar um alerta ao Governo, apelando à “proteção aos trabalhadores e aos auxílios às empresas”.

  • hôma encerra todas as lojas temporariamente

A hôma, antiga DeBORLA, decidiu “encerrar temporariamente, e com efeito imediato”, todas as suas 35 lojas físicas no país, incluindo as ilhas, “como medida de prevenção do novo coronavírus”. A reabertura das mesmas ficará condicionada à reavaliação e acompanhamento permanente da evolução da pandemia. Ainda assim, a loja homa.pt “mantém o seu funcionamento normal”.

  • Bela Vista Hotel & Spa encerra temporariamente operação

E no setor hoteleiro também já se começam a ver portas fechadas. Esta terça-feira, o Bela Vista Hotel & Spa, em Portimão, anunciou que, “tendo em conta a fase mais avançada de propagação do coronavírus, “vai encerrar temporariamente a sua operação, até que seja considerado completo o plano de contenção deste vírus no país”. Esta medida aplica-se a todos os serviços do Bela Vista – Hotel, VISTA Restaurante e SPA L’Occitane.

  • Ikea adota a mesma decisão em Portugal

Esta quarta-feira, foi a vez de a Ikea Portugal anunciar o encerramento temporário de todas as lojas no país, consequência do surto de coronavírus. “No seguimento do surto de coronavírus, a IKEA Portugal decidiu fechar temporariamente todas as Lojas e Estúdios de Planificação no país até nova indicação, a partir de amanhã, 18 de março“, disse a empresa, em comunicado.

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