Galp cai 3% após quebra de lucros. Pressiona bolsa de Lisboa

Ações da Galp Energia derrapam depois de a petrolífera ter visto os seus lucros caírem 72% no primeiro trimestre e de ter revisto em baixa planos de investimento e despesas devido ao Covid-19.

A Galp está a tirar energia à bolsa de Lisboa. As suas ações derrapam 3%, depois de a petrolífera ter reportado uma quebra de 72% dos seus lucros no primeiro trimestre e ter revisto em baixa os seus plano de investimento em resultado dos efeitos do coronavírus.

Após um arranque de sessão em que até deu ânimo ao rumo do PSI-20, rapidamente as ações da Galp Energia mudaram de rumo mergulhando no vermelho. A queda das ações da petrolífera já vai nos 3,06%, para os 9,126 euros.

Os investidores reagem de forma negativa aos resultados apresentados pela petrolífera antes do início da sessão bolsista lisboeta. A Galp Energia reportou uma quebra de 72% no seu lucro do primeiro trimestre do ano, para 29 milhões de euros, atribuindo essa quebra ao “declínio acentuado dos preços das commodities durante o período” em resultado dos efeitos da pandemia que reduziram a procura de petróleo. A sua margem de refinação diminuiu dos 2,3 dólares/barril no primeiro trimestre do ano passado, para 1,9 dólares/barril.

Galp perde energia em bolsa

Mas a petrolífera reviu também em baixa as suas perspetivas de investimento para este e o próximo ano em resultado da degradação imposta pela pandemia do novo coronavírus. Nesse sentido, espera que as despesas operacionais e de investimento sejam reduzidas em mais de 500 milhões de euros por ano durante 2020 e 2021, pelo que as estimativas de investimento líquido são agora de uma média de 500 milhões de euros a 700 milhões de euros por ano.

O recuo das ações da Galp Energia acaba por condicionar a evolução da praça bolsista lisboeta que após ganhos de 1% no arranque de sessão já segue em queda ligeira. O PSI-20 desvaloriza 0,11%, para os 4,108.160 pontos, apesar de a maioria dos seus títulos estarem no verde.

A Novabase está no comando no lado dos ganhos, com uma valorização de 4,69%, para os 2,68 euros por ação, depois de na passada sexta-feira ter anunciado que pagou 20 milhões à Vodafone para ficar com totalidade da Celfocus.

A impedir uma perda mais dilatada em Lisboa, estão as cotadas do universo EDP. As ações da EDP Renováveis somam 0,57%, para os 10,66 euros, enquanto as da casa-mãe EDP avançam 0,34%, para os 3,782 euros.

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