Maioria dos profissionais imobiliários acredita que preço das casas vai descer

Os profissionais do setor, a maioria em teletrabalho, antecipa uma descida dos preços de venda e de arrendamento das casas.

Em altura de pandemia, as imobiliárias estão de portas fechadas — os poucos negócios que se vão fechando decorrem de forma virtual. Há menos negócios, sendo que mesmo depois de passada a fase mais crítica, o valor dessas transações tenderá a ser mais reduzido, com 70% dos profissionais imobiliários a apontarem para uma redução no preço das casas nos próximos meses, seja na venda ou no arrendamento.

Se os próximos meses poderão trazer boas notícias para quem pretende comprar ou arrendar casa, não o serão para as empresas do setor. 71% dos profissionais acredita que os preços irão descer, enquanto 22% não prevê qualquer alteração. E o inquérito realizado pelo Idealista aos profissionais do setor de todo o país que trabalham com a plataforma mostra que nenhum dos mais de 200 profissionais acredita que haverá subidas nos preços.

O ano passado foi um ano de recordes, com os preços das casas a subirem 8,5% em todo o país. As casas vendidas custaram, em média, 1.081 euros por metro quadrado, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) mas, para este ano, já se esperam descidas, tanto no número de transações, como nos preços.

No mercado de arrendamento, a tendência será a mesma. De acordo com o Idealista, 66% dos inquiridos estima uma descida dos preços das rendas, enquanto 26% não antecipa qualquer alteração. Ainda assim, 2% dos inquiridos acredita que os preços do arrendamento poderão subir nos próximos meses.

Fechar operações, angariar imóveis e fidelizar novos clientes

Com o mercado imobiliário em stand-by, as empresas apostam todas as cartas no contacto virtual. E este estudo mostra mesmo isso: 83% dos mais de 200 profissionais imobiliários inquiridos estão a trabalhar a partir de casa desde que começou esta pandemia. De todos estes colaboradores em teletrabalho, metade diz ter aproveitado este confinamento para “fechar operações que estavam pendentes”.

Mas este período de quarentena serviu ainda para melhorar competências, com 47% dos inquiridos a receber formações profissionais, tal como já tinham adiantado ao ECO empresas como a Remax, a Century21, a Cushman & Wakefield e a CBRE. Atualizar a carteira de imóveis, fidelizar clientes e angariar novos imóveis foram outras das tarefas realizadas durante estes dias.

Contudo, o setor precisa urgentemente que a atividade recupere. De acordo com o mesmo estudo, cerca de metade (47%) dos mais de 200 profissionais inquiridos diz ter capacidade para continuar, desde que esta situação não se estenda por mais de dois meses. Enquanto isso, 29% diz não ser capaz de aguentar nem um mês. Apenas 7% se sente capaz de aguentar meio ano.

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