Vinho, laranjas e até piri-piri. Lidl ajudou a “exportar” 150 milhões em produtos portugueses em 2019
Lidl vende 228 produtos portugueses em 27 países de toda a Europa. Depois de começar a vender cítricos do Algarve, quer reforçar apoio aos produtores, sobretudo de vinho nacional.
A pera rocha é uma espécie de “cartão de visita” nacional em lojas Lidl de toda a Europa. A empresa exportou 12 mil de toneladas desta fruta entre 1 de março de 2019 e o final de fevereiro de 2020, anunciou esta manhã a cadeia de supermercados. A pera rocha é a estrela das exportações de um conjunto de 228 produtos de 85 fornecedores nacionais que a marca de distribuição vende além-fronteiras e que aumentou de 148 para 150 milhões de euros, entre o início de 2018 e o início de 2020.
“Faz parte da génese do Lidl o apoio à produção nacional e o seu trabalho em levar a qualidade dos artigos portugueses além-fronteiras”, explica Bruno Pereira, administrador de compras do Lidl Portugal.
O maior aumento de exportações de produtos de produtores nacionais foi registado na categoria de frutas e legumes, com um incremento de 30% face ao ano anterior. Se o primeiro lugar do pódio pertence à pera, a couve coração e os frutos vermelhos ocupam o segundo e o terceiro lugares do pódio. Uma das novidades apresentadas em lojas europeias do Lidl foram a laranja e o limão do Algarve, à venda em todas as lojas da Alemanha.
“Em janeiro de 2019 fizemos os primeiros contactos com fornecedores para começar exportação. Apoiámos produtores locais, algarvios, foi desenvolvido um packaging para o mercado alemão e o calibre das laranjas é avaliado em conjunto. Para garantir que os produtores chegam aos mercados e têm sucesso com os seus produtos”, explica o diretor de compras sobre as quase 400 toneladas de cítricos algarvios exportados no último ano.
Entre 1 de março de 2019 e o último dia de fevereiro de 2020, o mercado da saudade — Luxemburgo, Suíça e França — ajudou a exportar 140 toneladas de bacalhau (mais 20% do que em igual período do ano anterior). Uma novidade na oferta deste produto é a Holanda, onde o Lidl também começou a vender bacalhau de origem sustentável. Outra aposta recente tem sido, na área das conservas, uma parceria com a conserveira açoriana Santa Catarina, que começou a exportar atum para vários países europeus através da sua fábrica na ilha de São Jorge.
“Assistimos a uma descida significativa no preço do azeite ao consumidor final, o que faz com que o valor de aumento das exportações seja de apenas dois milhões de euros”, assinala Bruno
Fomos contactados por alguns produtores de queijo nacionais, no sentido de ajudarmos a compensar perdas decorrentes de outras áreas de negócio.
Com presença portuguesa em 27 dos 30 mercados onde o Lidl tem lojas, a cadeia de distribuição está, agora, apostada em divulgar ainda mais os vinhos portuguesas. Também dentro de três semanas, o Lidl vai começar a vender queijos de pequenos produtores nas lojas nacionais que poderão ser potencialmente exportados, acredita o responsável de compras. “Nas próximas três semanas, vamos ter nas nossas lojas novos produtos na área dos queijos, de novos produtores. Fomos contactados por alguns produtores de queijo nacionais, no sentido de ajudarmos a compensar perdas decorrentes de outras áreas de negócio“, explica ainda.
Também na sequência da pandemia da Covid-19, o Lidl registou ainda um aumento de 30% na exportação de frutas e legumes entre março e abril deste ano, face ao período homólogo.
Face ao ano anterior, o Lidl aumentou em 12% o número de produtos portugueses que exporta. “Já foram exportados 26 milhões de bens no ano fiscal de 2019 e oito milhões de artigos de pastelaria”, assinala o responsável. Outro ex libris de vendas nacionais além-fronteiras é o vinho nacional: mais de três mil garrafas exportadas para 15 países. E espante-se: também o piri-piri nacional faz sucesso pelo mundo: só o Lidl, exportou um milhão de garrafas deste molho para a Europa.
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