Wall Street cede à tensão EUA/China e abre em baixa

A tensão entre os EUA e a China continua a condicionar a negociação bolsista em Nova Iorque, com os principais índices a abrirem sessão em terreno negativo.

A volatilidade continua nos mercados financeiros. As bolsas norte-americanas estavam destinadas a abrir esta sexta-feira em terreno negativo após a China ter decidido que não irá comprometer-se com uma taxa de crescimento do seu PIB por causa da incerteza relacionada com a crise pandémica. Os índices ainda ensaiaram uma abertura em alta no período de pré-mercado, mas acabaram mesmo por abrir no vermelho.

O S&P 500 desce 0,19% para os 2.940,81 pontos, o Dow Jones desvaloriza 0,31% para os 24.399,67 e o Nasdaq perde 0,24% para os 9.265,19 pontos. Apesar desta queda ligeira, as bolsas norte-americanas deverão fechar a semana com uma saldo positivo.

As bolsas europeias têm flutuado entre o verde e o vermelho, seguindo sem uma tendência definida neste momento. No início da sessão, o Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, estava a ser beneficiado pela subida das cotadas do setor do turismo e automóvel.

Porém, a crescente tensão entre os EUA e a China tem penalizado as bolsas, principalmente depois de Pequim ter anunciado que quer impor a lei de segurança nacional em Hong Kong, levantou preocupações sobre a interferência chinesa no território autónomo. Esta decisão levou a uma queda superior a 5% na bolsa de Hong Kong.

Anteriormente, o presidente Donald Trump tinha dito que os EUA vão reagir fortemente se a China impuser leis de segurança nacional para Hong Kong em resposta aos protestos violentos pró-democracia do ano passado.

Uma das cotadas em destaque é a Deere, a maior fabricante de tratores do mundo, que está a valorizar mais de 3% após ter revelado resultados acima do esperado.

Nota ainda para a Nvidia cujas ações sobem mais de 1% após a cotada ter divulgado lucros acima do consenso de mercado, tendo a receita relacionada com chips usados em centros de dados disparado.

Já a chinesa Alibaba está a cair, apesar de também ter batido as expectativas no que toca aos lucros do quarto trimestre fiscal. A empresa beneficiou de um aumento das compras online na sequência do confinamento provocado pela pandemia.

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