Fed diz que EUA enfrentam recessão profunda e admite mais apoios

  • Lusa
  • 17 Junho 2020

Powell garantiu que a Fed vai utilizar todas as ferramentas financeiras disponíveis para mitigar o impacto da pandemia de covid-19, ressalvando que, para já, “é improvável uma recuperação completa”.

O presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed) afirmou esta quarta-feira que a economia dos EUA enfrenta uma recessão profunda com “incerteza significativa” devido à covid-19, garantindo que serão utilizados os meios ao seu dispor para mitigar o impacto.

Jerome Powell, que falava no Congresso nos EUA, garantiu que a Fed vai utilizar todas as ferramentas financeiras disponíveis para mitigar o impacto da pandemia de covid-19, ressalvando que, para já, “é improvável uma recuperação completa”.

Durante a sua intervenção, o responsável notou que “a forma como a pandemia atingiu a economia […] aumentou bastante as desigualdades”, notando que as pequenas empresas são as mais afetadas.

“Se uma pequena ou média empresa entra em insolvência devido à lenta recuperação da economia, perdemos mais do que apenas esse negócio”, vincou.

Em resposta aos senadores, o presidente da Fed assegurou ainda que, apesar de o choque na economia ter sido “o maior desde que há memória”, a resposta da Reserva Federal e do congresso também foi das maiores. “É o suficiente? Penso que há uma razoável probabilidade de serem necessários mais meios, tanto do [Congresso] como da Fed”, apontou.

Powell alertou ainda para os despedimentos que podem ocorrer ao nível das cidades e dos estados, tal como aconteceu após a recessão de 2008-2009, o que terá impacto na economia norte-americana.

O presidente da Fed também defendeu que o Congresso deve considerar a possibilidade de estender os subsídios de desemprego além do período habitual.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 443 mil mortos e infetou mais de 8,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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