TAP: “Governo não ficará seguramente de mãos atadas” com a providência cautelar, diz Catarina Martins

A líder do Bloco de Esquerda acredita que a providência cautelar apresentada para travar o empréstimo do Estado à TAP não impedirá o Governo de auxiliar na mesma a companhia aérea nacional.

Catarina Martins acredita que a providência cautelar apresentada para travar o empréstimo estatal na TAP não deixará o Governo “de mãos atadas”. Em declarações aos jornalistas, a líder bloquista disse ainda que o Executivo tem de “afastar” o acionista privado da companhia aérea e acelerar o apoio financeiro, porque quando o fizer, “poderá ser tarde demais”.

“É um problema que será resolvido entretanto, julgo eu”, disse Catarina Martins esta quinta-feira, referindo-se à providência cautelar apresentada pela Associação de Comerciantes do Porto (ACP) para travar o empréstimo de até 1.200 milhões que o Estado fará na TAP, e que foi entretanto aceite pelo Supremo Tribunal. “O Governo não ficará, certamente, de mãos atadas”, até porque “ninguém compreenderia que a TAP desaparecesse por inação”.

Esta quinta-feira, também Pedro Nuno Santos disse que, mesmo com a providência cautelar, o Governo tem outras formas de ajudar financeiramente a companhia aérea. Em declarações ao podcast do PS, o ministro das Infraestruturas e da Habitação referiu: esta ação judicial “em princípio, não impedirá que possamos auxiliar a TAP”.

Catarina Martins, sublinhando que o Bloco de Esquerda concorda com o apoio estatal à TAP, disse ainda que o Governo “não pode continuar a esconder-se atrás de um acionista privado que é, de facto, lesivo para a TAP”. O Executivo “tem de afastar esse privado e utilizar a capacidade que tem e os meios que já foram decididos do ponto de vista europeu”, continuou.

“Se não o fizer, e quando o fizer, pode bem ser tarde demais. Pode a TAP ter perdido todo o interesse estratégico para o país”, afirmou a líder bloquista, notando que este “braço de ferro” entre o Governo e os acionistas privados está a “impedir que se atue”. “Enquanto não há atuação do Governo sobre a TAP, a TAP já está a ser restruturada da pior forma e encolhida sem nenhum critério”.

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