Investimento público sobe para 2,5% do PIB. É o valor mais alto desde 2012

O aumento do investimento público previsto pelo Governo e a quebra da economia vão levar o rácio desse indicador para os 2,5% do PIB, o valor mais elevado desde 2012.

O investimento público deverá crescer 24,6% este ano, segundo o Orçamento Suplementar, e a economia vai contrair 6,9%. Segundo a análise ao Suplementar divulgada esta quarta-feira pelo Conselho das Finanças Públicas, o peso do investimento público vai beneficiar dessas duas evoluções e atingir os 2,5% do PIB, o valor mais elevado desde 2012.

No Orçamento Suplementar, a formação bruta de capital fixo (FBCF), o nome técnico do investimento público, foi reforçado em apenas 34 milhões de euros quando se compara com o Orçamento do Estado de 2020. Contudo, como a execução de 2019 foi inferior à prevista pelo Governo no OE 2020, a variação do investimento público no Suplementar acaba por ser mais expressiva em relação ao ano passado, correspondendo a mais 188 milhões de euros.

Assim, de acordo com o Suplementar, o investimento público “deverá totalizar 4.959 milhões de euros no corrente ano, mais 979 milhões de euros do que em 2019”, estima o CFP, referindo que “para além dos investimentos estruturantes considerados no orçamento inicial, esta rubrica incorpora um investimento adicional de 76 milhões de euros no âmbito do programa Saúde e o impacto de novas medidas adotadas na área da habitação”.

Como o PIB vai cair, o peso do investimento público beneficia não só do aumento desta componente como da queda do denominador, levando o rácio para os 2,5% do PIB em 2020, mais 0,6 pontos percentuais do que em 2019 e o valor mais elevado desde 2012.

Contudo, o Conselho das Finanças Públicas deixa um alerta, relembrando o passado: “Embora seja de assinalar a referida aceleração prevista do crescimento da FBCF, volta-se a recordar que nos últimos anos esta despesa tem ficado bastante aquém do previsto“.

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