Plano de retoma defende aposta no 5G e na fibra ótica para combater desigualdades

António Costa Silva defende que a transição digital é um dos pilares do desenvolvimento do país e apela, nesse sentido, à aposta no alargamento da fibra ótica e à utilização da rede 5G.

A transição digital é essencial para o desenvolvimento de Portugal. Quem o diz é António Costa Silva, no Plano de Recuperação Económica e Social de Portugal que apresentar, esta quinta-feira, ao Governo na reunião do Conselho de Ministros. O “consultor” defende, nesse sentido, o alargamento da fibra ótica a todo o país e a utilização da rede 5G para reforçar a coesão territorial e a evitar que o país viva “a várias velocidades”.

No documento a que o ECO teve acesso, Costa Silva dedica um capítulo à qualificação da população, à aceleração da transição digital, às infraestruturas digitais, à ciência e à tecnologia.

É nesse âmbito que o gestor sublinha que, neste momento, o défice de qualificações da população ativa “condiciona significativamente os níveis de produtividade e crescimento económico” do país, travando a capacidade de inovação. “Neste sentido, é importante, no âmbito do Plano de Recuperação, reforçar o investimento na Estratégia Portugal 2030 e continuar a apostar na melhoria das qualificações da população portuguesa”, lê-se no documento.

Costa Silva acrescenta, além disso, que a transição digital é “um dos instrumentos essenciais de estratégia de desenvolvimento do país“, salientando que é preciso “fazer muito mais” na introdução das tecnologias digitais nos processos produtivos e modelos organizacionais.

“As novas tecnologias digitais, como os sistemas de inteligência artificial, a tecnologia 5G, a computação em nuvem e de proximidade e a Internet das coisas, constituem-se, no seu conjunto, como um dos principais alicerces da transição energética da economia, em particular dos setores industriais estratégicos para Portugal e do seu tecido empresarial. Como tal, a transição digital deve ser assumida como catalisador da transformação industrial em curso”, sublinha-se no Plano de Recuperação Económica e Social.

E como pôr em prática essa transição digital e, consequentemente, a transformação industrial? Costa Silva destaca a importância de alargar a todo o país a fibra ótica — é um “projeto estruturante para o futuro de Portugal”, diz — e de apostar na rede 5G.

“Um elemento propulsor desta transformação é o alargamento da fibra ótica para cobrir todo o país, o que é muito importante para não termos um país a várias velocidades, ao mesmo tempo que reforça a coesão territorial e a integração do interior na economia nacional e global, promovendo plataformas digitais para vender produtos, bens e serviços online. O outro elemento propulsor, e estratégico para o futuro, é a utilização da nova geração de tecnologias móveis, a rede 5G, para alavancar a conectividade do país, inserindo-o nas redes globais”, lê-se no documento que está a ser apresentado ao Executivo de António Costa.

A par disso, o gestor quer ver também a Administração Pública dedicada à aceleração da transição digital, de modo a garantir melhor qualidade de vida aos cidadãos, e as escolas, universidades e centros tecnológicos e de investigação com boas infraestruturas tecnológicas.

A propósito, António Costa Silva defende: “O apetrechamento tecnológico das escolas e das famílias (equipamentos, ligações e conteúdos) e a capacitação de professores e formadores são decisivos para o futuro. O programa de requalificação de recursos humanos em tecnologias digitais deve ser alargado a todos os setores e envolver todos os níveis de ensino”.

Costa Silva remata: “É importante o país reforçar e consolidar todas as infraestruturas tecnológicas e digitais, aumentar o poder das redes, e reforçar as tecnologias de informação e comunicação e as competências de gestão”.

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