2,3 milhões de trabalhadores europeus em lay-off no primeiro trimestre
No primeiro trimestre de 2020, dois milhões de trabalhadores europeus foram colocados em lay-off face ao impato da pandemia de coronavírus na economia.
A pandemia de coronavírus fez tremer o mundo do trabalho. De acordo com os dados divulgados, esta quinta-feira, pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), o número de trabalhadores europeus em lay-off aumentou em dois milhões, entre o último trimestre de 2019 e os primeiro três meses de 2020. No total, 2,3 milhões de europeus estiveram ausentes do trabalho, entre janeiro e março, por essa razão.
O lay-off foi uma das principais ferramentas usadas pelo Executivo português para mitigar a escalada do desemprego, tendo sido mesmo lançada uma versão simplificada desse regime para os empregadores em crise face à pandemia de coronavírus. E Portugal não ficou sozinho nessa opção. Vários outros países da União Europeia usaram o lay-off para amortecer o impacto da crise pandémica no mercado de trabalho, como o Reino Unido, Espanha, França e Alemanha.
De acordo com a OCDE, entre janeiro e março, 2,3 milhões de europeus estiveram ausentes do seu trabalho por terem sido colocados temporariamente em lay-off. No final de 2019, havia 300 mil trabalhadores nessa situação. Ou seja, registou-se um salto de dois milhões de trabalhadores, no primeiro trimestre do ano. E nos Estados Unidos, 1,8 milhões de trabalhadores estavam em lay-off, em março. De acordo com os dados divulgados recentemente pelo Ministério do Trabalho português, por cá, mais de 850 mil pessoas foram colocadas neste regime.
Os dados divulgados, esta quinta-feira, pela OCDE indicam ainda que a taxa de emprego caiu, no conjunto dos 38 países, para 68,6%, menos 0,3 pontos percentuais do que no último trimestre de 2019. Esta é a primeira queda do emprego na OCDE desde 2013 e afetou particularmente os jovens.
Entre janeiro e março, a taxa de emprego nos Estados Unidos recuou 0,1 pontos percentuais para 68,5% e, em Portugal, caiu 0,5 pontos percentuais para 70,2%, face aos últimos três meses de 2019.
Estima-se, por outro lado, que no segundo trimestre do ano a redução do emprego tenha sido ainda mais significativa. Nos Estados Unidos, por exemplo, os dados já disponíveis sinalizam uma queda de quase nove pontos percentuais, com o número de pessoas empregadas em mínimos de 1998.
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