Compra da Viesgo tem “efeito positivo” no outlook da EDP, diz Fitch

  • ECO
  • 18 Julho 2020

A agência de notação financeira considera que a compra da Viesgo pela EDP tem um "efeito positivo" na elétrica nacional. E espera que, após a transação, esta fique num nível "BBB".

A Fitch considera que a aquisição da espanhola Viesgo vai ser positiva para a EDP, permitindo à elétrica nacional baixar o rácio de endividamento consistente com um rating “BBB”, informou a agência de notação financeira, em comunicado.

“O contrato da EDP para adquirir a concessionária espanhola Viesgo terá um impacto neutro nas métricas de crédito financeiro consolidado da EDP e um efeito positivo marginal no perfil de risco dos negócios combinados“, afirma a Fitch, dizendo esperar que a elétrica “baixe o rácio de endividamento até 2022 para um nível consistente com um rating ‘BBB’ após a transação”, que deverá ficar fechada no final do ano.

A agência refere que a EDP estruturou o financiamento desta compra — avaliada em 2,7 mil milhões de euros — de forma a ter um impacto neutro na dívida líquida consolidada/EBITDA. “Acreditamos que isso confirma o compromisso da EDP de desalavancar para 3,2x até 2020 (em base pró-forma após a transação) e para 3,0x até 2022, face ao 4,0x no final de 2018”, diz a Fitch.

“Isso será amplamente alcançado com a alienação de usinas hidrelétricas portuguesas no valor de 2,2 mil milhões de euros, acordada em dezembro de 2019, com a venda de outros ativos restantes e com um aumento do EBITDA dos ativos recém-comissionados”.

Com esta aquisição, a EDP está a consolidar 1,1 mil milhões de euros de dívida externa da Viesgo e a sua dívida líquida consolidada deverá aumentar em 0,5 mil milhões de euros, como resultado da transação, diz a Fitch. Uma vez concluída a operação, a elétrica nacional vai passar a ter uma representação maioritária no Conselho de Administração da Viesgo.

Concluindo, a Fitch considera que “o risco de financiamento desta transação para a EDP é quase zero devido ao contrato já acordado com os bancos”. A transação, continua a agência de notação, vai “aumentar moderadamente a dívida sénior da EDP devido aos 1,05 mil milhões de euros de títulos em circulação da Viesgo”, mas isso não é uma preocupação.

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