EDP, Galp, Martifer, REN e dinamarquesa Vestas avançam em mega-consórcio para o hidrogénio verde em Sines

O mega-consórcio prevê a instalação de um projeto-piloto de 10MW de eletrólise que poderá evoluir até 1GW de capacidade. O ECO/Capital Verde sabe que o investimento associado ronda os 1,5 mil milhões.

A EDP, Galp e REN vão avançar juntas num mega-consórcio pan-europeu formado por empresas nacionais e internacionais, com vista à criação de uma central de produção de hidrogénio verde em Sines, tal como o ECO/Capital Verde avançou esta segunda-feira. À parceria juntam-se ainda a Martifer, a dinamarquesa Vestas e outros parceiros europeus, para avaliar a criação de novo cluster industrial no sul do país.

Numa primeira fase, o consórcio prevê a instalação de um projeto-piloto de 10MW de eletrólise que, ao longo da década, poderá evoluir até 1GW de capacidade de eletrólise, visando a prazo a instalação de cerca de 1,5GW de capacidade de geração de energia elétrica renovável para alimentação dos eletrolisadores. O ECO/Capital Verde sabe que o investimento associado ronda os 1,5 mil milhões de euros.

Em comunicado conjunto, EDP, Galp e Martifer informaram que o projeto H2Sines tem uma “forte dimensão internacional, pela vertente das exportações, mas também pelas parcerias com empresas com larga experiência na cadeia de valor do hidrogénio”.

“O projeto pretende alavancar as vantagens competitivas dos recursos naturais endógenos renováveis, contribuindo para a reindustrialização das economias portuguesa e europeia numa base mais sustentável, bem como para o equilíbrio da balança comercial. A produção de hidrogénio verde em Sines contemplada pelo projeto H2Sines integra e otimiza toda a cadeia de valor, desde a geração de eletricidade renovável, produção de hidrogénio e a sua distribuição, transporte, armazenamento, comercialização e exportação”, refere o consórcio em comunicado.

No âmbito deste projeto que engloba empresas de vários países foi já assinado um Memorando de Entendimento internacional para estudar a viabilidade da criação de uma cadeia de valor para a exportação do hidrogénio de Sines para o Norte da Europa.

Além da exportação, o hidrogénio verde que será produzido em Sines poderá também ser utilizado a nível nacional nos setores industriais e de transportes, bem como para injeção na rede de gás natural.

O consórcio quer garantir o equilíbrio financeiro do H2Sines e garante que o projeto se desenvolverá “de forma progressiva, procurando otimizar a adequação dos volumes de produção de hidrogénio e do respetivo consumo, bem como a competitividade dos custos das tecnologias envolvidas”.

O projeto cumpre todos os critérios para uma candidatura ao estatuto de Projeto Importante de Interesse Europeu Comum (IPCEI) e foi um dos 37 escolhidos pelo Governo, pela sua “dimensão exportadora, mas também pelo contributo potencial que se prevê que venha a dar na transição do tecido industrial português para uma matriz energética sustentável”.

A entrada de parceiros adicionais, como a gigante dinamarquesa Vestas, está relacionada com várias demonstrações de interesse de empresas de dimensão internacional do setor energético, bem como de produtores de tecnologia para a cadeia de valor do hidrogénio. Refere o mesmo comunicado que “a vertente de colaboração tecnológica é essencial para a melhoria da competitividade do projeto, que se encontra ainda numa fase preliminar, imprescindível para a avaliação das respetivas condições de enquadramento e viabilização custo-eficiente em mercado”.

O projeto prevê também a criação de uma componente industrial de produção de equipamentos de valor acrescentado para projetos de hidrogénio e o desenvolvimento de um cluster de I&D+I de referência internacional, com o apoio de mais de 20 empresas, institutos e universidades nacionais.

(Notícia atualizada pela última vez às 20h39)

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