Siza Vieira vê sinais positivos em junho, mas alerta que “temos de estar preparados” para subida do desemprego

"Apesar de termos tido um crescimento do número de desemprego, em junho já houve mais ofertas de emprego e colocações de trabalhadores", salientou Siza Vieira.

O ministro da Economia acredita que os dados recentes da evolução do emprego sinalizam que o “ponto mais crítico da contração económica já ficou para trás”. Em declarações aos jornalistas transmitidas pelas televisões, Pedro Siza Vieira salientou que, em junho, houve um aumento do número de empregados em Portugal, mas deixou um alerta: “Temos de estar preparados para tudo”.

Os dados divulgados, esta quarta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística revelam que, em junho, não só a taxa de desemprego subiu para 7%, como a população empregada também cresceu. Entre maio e junho, mais 2.600 pessoas encontraram postos de trabalho, no mercado laboral português.

Em reação a estes números, o ministro da Economia sublinhou que “já existe um abrandamento da tendência de subida do desemprego“, verificando-se agora uma “tímida recuperação” da atividade económica nacional. Ainda assim, Siza Vieira deixou um alerta:Temos de estar preparados para tudo. O momento é de grande incerteza”. E nesse sentido, o ministro sublinhou que o Executivo está disponível para dar “novas respostas”, se a situação o justificar.

Sobre os apoios lançados pelo Governo para mitigar a escalada do desemprego, Siza Vieira considerou que o lay-off simplificado foi não só a “resposta adequada”, mas também uma medida “muito eficaz”. A partir de agosto, este regime excecional ficará, contudo, disponível em exclusivo para as empresas encerradas por imposição legal. Os demais empregadores que não consigam regressar à normalidade terão à disposição o apoio à retoma progressiva, que apoio os salários dos trabalhadores que horários reduzidos.

Em resposta às críticas a este novo regime, o ministro da Economia disse apenas que, à medida que as empresas foram conhecendo as opções disponíveis, vão “poder escolher o tipo de apoio mais adequado à sua situação”. Do lado dos patrões, defende-se que o lay-off simplificado deveria ser prolongado por mais alguns meses, nas condições atuais, e que o apoio à retoma progressiva é “frouxo” e “inadequado”.

Rio alerta que desemprego real é “muito difícil de estimar”

Também em reação aos últimos números do desemprego em Portugal, o presidente do PSD alertou que é difícil de calcular a taxa de desemprego perante o contexto atual provocado pela pandemia. Instado a comentar os números, Rui Rio disse serem apenas “uma estatística”. “Se formos ver na realidade, não sabemos qual é a taxa de desemprego em Portugal”, afirmou, em declarações transmitidas pela RTP 3.

Dito isto, o social-democrata acrescentou: “É muito difícil de estimar. É esta a realidade com que o país está confrontado”, sinalizou, face à taxa de desemprego de 7% apontada pelo INE relativa a junho, com a pandemia a destruir 180 mil empregos nos últimos quatro meses.

(Notícia atualizada às 13h00)

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