Prestação da casa com Euribor a 3 meses cai para mínimo histórico em agosto

Revisões de agosto trazem cortes nos encargos de 2,73% e 0,72%, respetivamente, nos créditos com Euribor a três e seis meses. Encargos nos créditos com Euribor a 12 meses ficam quase inalterados.

O mês de agosto traz boas notícias para muitas famílias com crédito à habitação. O grosso das revisões da taxa de juro dos empréstimos da casa apontam para encargos com prestações mais baixos. Tal irá aplicar-se nos créditos que têm como referência as Euribor a 3 e 6 meses, sendo que no caso do indexante mais curto, a prestação dá um “trambolhão” para um novo mínimo histórico. Nos créditos com Euribor a 12 meses os encargos mensais ficam por sua vez quase inalterados.

Em termos práticos, considerando o cenário de um empréstimo no valor de 100 mil euros, por um prazo de 30 anos, e com um spread de 1%, as famílias com créditos associados à Euribor a três meses vão ver a prestação baixar 2,73%. Trata-se da maior queda em quase oito anos, com o valor da prestação a fixar-se nestes créditos num mínimo histórico. Nesse cenário, os encargos mensais baixam cerca de 8,5 euros face à prestação fixada há três meses, para se fixarem nos 301,65 euros.

Também os créditos que usam como indexante a Euribor a seis meses a serem revistos neste mês de agosto beneficiam de um corte de encargos, mas muito mais curto. A quebra será de 0,72%, sendo que no cenário considerado se reflete numa diminuição de 72 cêntimos no valor da prestação que se fixa nos 305,99 euros.

Evolução da Euribor a 3 meses no último ano

Fonte: Reuters e Lusa

Já no caso dos créditos que seguem a Euribor a 12 meses — indexante que domina o grosso dos novos financiamentos para a aquisição de casa — o valor da prestação fica quase inalterado (+0,1%) próximo dos 309 euros, tendo em conta o cenário utilizado.

A quebra das prestações que se irá observar nos créditos com indexantes mais curtos acompanham a tendência de descida das Euribor registada desde os máximos de final de abril.

Esses máximos surgiram depois de, em pleno arranque de pandemia na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) ter optado em março por não rever em baixa a taxa de depósito, contrariando o esperado pelo mercado. A expectativa era que essa ferramenta pudesse vir a ser usada no combate à ameaça de recessão económica na Zona Euro devido ao coronavírus. Entretanto, a pressão aliviou, com os indexantes a reaproximarem-se ao longo dos últimos meses dos mínimos históricos.

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