Marcelo e Costa veem “condições” para aprovar Orçamento do Estado

O Presidente da República e o primeiro-ministro concordam na "visão" de que "há condições" para que o Orçamento do Estado seja aprovado, evitando-se uma crise política.

O primeiro-ministro acredita que “estão criadas condições essenciais para que haja um acordo” em torno do Orçamento do Estado para 2021. Também o Presidente da República reforçou este sábado que partilha “da visão de que há condições para o Orçamento passar”.

Para o primeiro-ministro, o Orçamento não recua nos “progressos” e “contém avanços”. “Primeiro, os nossos parceiros tinham dito que esta crise não pode justificar que haja algum recuo relativamente a todo o progresso alcançado desde novembro de 2015. Este Orçamento não tem qualquer recuo relativamente às medidas que adotámos desde novembro de 2015″, apontou, numa conferência de imprensa por ocasião da Cimeira Ibérica, em Guarda.

“Em segundo lugar, os nossos parceiros disseram que não podemos ficar a marcar passo, temos de ter avanço. Ora, a proposta de Orçamento que apresentamos não fica a marcar passo, contém avanços”, continuou o primeiro-ministro, em declarações transmitidas pela RTP 3.

Para António Costa, o Orçamento do Estado que será entregue na segunda-feira ao Parlamento “contém uma orientação muito clara de recusar totalmente qualquer via da austeridade e seguir uma trajetória de reforço e melhoria do rendimento das famílias, de apoio ao emprego e de aposta no aumento do investimento público para ajudar a impulsionar a economia”.

Também este sábado, a partir do Porto, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, repetiu a convicção de que o Orçamento do Estado será aprovado pelos parceiros da esquerda. “Partilho dessa visão de que há condições para o Orçamento passar”, disse o chefe de Estado, que, na sexta-feira, revelou ter havido momentos em que esteve “muito preocupado” com a possibilidade de uma crise política.

Governo insiste na recusa de novo confinamento

Na mesma ocasião, e depois de se saber que Portugal bateu um recorde de novos casos este sábado, António Costa, quando questionado, voltou a rejeitar que se avance para um novo confinamento do país. “Tem um custo social imenso. Temos de conseguir controlar a pandemia, agora com novas artes. Não pode ser parar outra vez tudo”, insistiu o líder do Governo.

Dito isto, recordou que as famílias e as empresas “não podem voltar a suportar o custo de uma paragem global como a que tivemos no princípio desta pandemia”. “Os custos foram brutais, já temos mais de 100 mil desempregados como preço desta pandemia”, indicou, alertando que “milhares de famílias” enfrentaram perdas de rendimentos.

A Direção-Geral da Saúde revelou este sábado que foram detetadas 1.646 novas infeções por Covid-19 nas últimas 24 horas, um máximo de sempre. Morreram também mais cinco pessoas e há já mais de 30 mil casos ativos de coronavírus.

(Notícia atualizada pela última vez às 17h30)

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