EDP Renováveis mais que duplicou de valor em bolsa desde mínimos de março

Rally da eólica liderada por Rui Teixeira não pára e o preço por ação voltou, na sessão desta quarta-feira, a tocar máximos históricos. A energia foi determinante para o desempenho positivo do PSI-20.

O PSI-20 fechou a sessão no verde, a contrariar o sentimento negativo na generalidade das bolsas europeias criado pelo agravamento da pandemia no continente. A razão para os ganhos do índice de referência nacional — que avançou 0,35% para 4.300,30 pontos, no valor mais elevado desde 11 de setembro — foi a energia. Os gigantes do setor valorizaram na sessão, com a EDP Renováveis a tocar novos máximos de sempre.

O rally da EDP Renováveis não pára. A eólica interinamente liderada por Rui Teixeira valorizaram mais 2,7% para um novo recorde, prolongando a série de ganhos que dura há três sessões consecutivas. As ações fecharam pela primeira vez a valer 17,30 euros, tendo mesmo chegado a tocar o máximo histórico de 17,56 euros.

Os fortes ganhos começaram com a apresentação de dados operacionais relativos aos primeiros nove meses do ano, que revelaram uma quebra de apenas 7% na produção de energia renovável. A valorização acelerou com a divulgação de um novo contrato de compra de energia produzida por dois projetos solares nos EUA, num total de 100 megawatts. Com estas duas notícias, a EDP Renováveis acumula já um ganho de 65% desde o início do ano e, em relação ao último mínimo registado em março, mais que duplicou de valor.

EDP Renováveis sobe 2,7%

Além da subsidiária, também a casa-mãe EDP ganhou 1,33% para 4,71 euros por ação. Já a Galp Energia avançou 1,02% para 8,32 euros. Em sentido contrário, o retalho foi o setor mais penalizado na sessão: a Sonae tombou 2,09% para 0,54 euros e a Jerónimo Martins perdeu 1,47% para 14,74 euros. Também o BCP (-0,76%), a Nos (-0,59%) ou a Navigator (-0,39%) estiveram do lado das cotadas que pesaram no PSI-20.

Apesar disso, a bolsa de Lisboa — tal como a espanhola IBEX 35, que ficou acima da linha de água, com uma valorização de 0,6% — foi uma exceção numa Europa que está a tentar avaliar o impacto do agravamento da pandemia. No dia em que países como Itália ou Portugal aumentaram as medidas de contenção, o europeu Stoxx 600 perdeu 0,1%, tal como o alemão DAX e o francês CAC 40.

Ainda há alguma esperança que as restrições direcionadas possam conter a disseminação do vírus. Se as tendências das infeções continuarem, esta esperança vai começar a diminuir e irá sinalizar aos mercados se os EUA afinal estão a lidar melhor com a pandemia”, explica Thu Lan Nguyen, analista do Commerzbank, em declarações à Reuters.

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