Altice Portugal recupera no trimestre. Telemóveis e conteúdos desportivos amparam receitas

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações da Altice Portugal caiu 1,1% nos nove meses até setembro, enquanto as receitas estabilizaram, face à recuperação do negócio no trimestre.

A Altice Portugal viu o negócio recuperar no terceiro trimestre, mas ainda está sob pressão dos efeitos da pandemia. Nos nove meses até setembro, as receitas da dona da Meo registaram um recuo marginal de 0,2% em termos homólogos, para 1.562,9 milhões de euros, enquanto o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) recuou 1,1%, para 628,3 milhões de euros.

Concretamente no último trimestre, ambos os indicadores registaram um crescimento comparativamente com o mesmo período do ano passado. As receitas trimestrais cresceram 0,9%, para 541,1 milhões de euros, enquanto o EBITDA subiu 0,5%, para 216,9 milhões de euros, revelou a empresa esta quinta-feira.

“O terceiro trimestre de 2020 revelou uma vez mais a sustentabilidade do desempenho da Altice Portugal, tanto nas receitas como no EBITDA, embora os impactos da pandemia Covid-19 se tenham prolongado ao longo deste trimestre”, admite a Altice Portugal. A amparar as contas estiveram o “crescimento das vendas, especialmente telemóveis”, a “retoma das receitas de conteúdos premium desportivos” e “alguma melhoria das receitas de roaming, apesar dos significativos impactos decorrentes da redução abrupta do turismo em Portugal”, explica.

Neste contexto, a empresa destaca que continuou a investir mesmo neste período “adverso”, atingindo 120,2 milhões de euros no trimestre, um aumento de 21 milhões de euros face ao terceiro trimestre de 2019. No acumulado dos nove meses, o total de casas passadas na rede de fibra ótica da Altice Portugal foi de 446 mil, “da quais 386 mil foram realizadas na rede da Fast Fiber”, aponta a companhia, que fechou setembro com 5,4 milhões de casas passadas.

Meo ganha 10 mil clientes particulares

Analisando os segmentos de negócio ao detalhe, o consumo representou uma receita de 304,3 milhões de euros para a Altice Portugal no terceiro trimestre, uma subida de 1,4% face ao período homólogo. “O segmento voltou ao caminho de recuperação sustentada iniciada em 2018, com base no crescimento contínuo da base de clientes, alavancado tanto em novos clientes como no controlo dos desligamentos”, aponta a empresa.

O grupo contabilizou 10 mil adições líquidas em clientes únicos do segmento de consumo, ou seja, o negócio de particulares, ao mesmo tempo que registou 52 mil adições liquidas de unidades geradoras de receita (RGU).

“As adições líquidas dos três serviços âncora do negócio fixo e convergente, a voz, a banda larga e a TV, registaram um total de 52 mil no terceiro trimestre de 2020, prosseguindo a evolução consistente do crescimento do parque de serviços desde o ano anterior, o que é demonstrado por um aumento de 159 mil nos últimos 12 meses”, aponta a companhia.

Além disso, a empresa acrescenta que “esta rota de desempenho sustentado também se manteve no negócio móvel”. A base de clientes pós-pagos subiu em 30 mil no trimestre.

Quanto ao desempenho do segmento empresarial, as receitas aumentaram 0,3%, para 236,7 milhões de euros, uma subida marginal, mas que “fez retomar o crescimento homólogo das receitas” deste segmento, que tinha sido “interrompido no trimestre anterior pela situação pandémica” e pelo confinamento.

“O terceiro trimestre marcou o início de uma frágil recuperação económica para uma nova realidade, limitada por fortes e dispendiosos requisitos de distanciamento social para as empresas, enquanto os clientes gradualmente recuperam a sua confiança no meio da pandemia”, destaca a Altice Portugal.

“As nossas redes e a nossa tecnologia continuam a assegurar que os nossos clientes, residenciais ou empresariais, possam trabalhar e desempenhar as suas funções com a maior normalidade possível, dando provas de uma capacidade de resposta apenas ao alcance de uma grande empresa, com uma vasta experiência, com tecnologia de ponta e com colaboradores aptos e sempre dispostos a reagir aos desafios que lhes são impostos”, remata o presidente executivo na mesma nota.

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