Explosão no porto de Beirute: Danos segurados rondam mil milhões
Mais de 90% dos danos segurados estimados pelas entidades governamentais recaem sobre resseguradoras, indica o mais recente relatório de monitorização do desastre.
A explosão que, a 4 de agosto de 2020, destruiu o porto de Beirute e área circundante, continua sem causa oficial determinada, mantendo-se também em aberto o inquérito destinado a atribuir responsabilidades pelo incidente, ressalva a Comissão governamental libanesa de seguros em nota que atualiza a monitorização das participações de seguro recebidas, estimativa de danos segurados e perdas resultantes do sinistro.
De acordo com a informação da Insurance Control Commission (ICC), atualizada a 13 de novembro, as vítimas apresentaram um total de 14.921 reclamações de seguro, totalizando danos segurados estimados em perto de 1,62 biliões de libras libanesas (cerca de 904,5 milhões de euros ou 1,07 mil milhões de dólares).
O maior número de participações de seguro refere-se a coberturas P&C, sobretudo incêndio (mais de nove mil sinistros) e transportes, mas também o ramo automóvel (cerca de 4.900, incluindo danos corporais) e seguros de saúde, muitos dos quais de apólices coletivas contratadas por empresas estrangeiras.
De acordo com o relatório periódico da ICC, até à data, as seguradoras que operam no mercado já desembolsaram 23,59 milhões de libras em indemnizações (1,45% do total de danos segurados), estando ainda por ressarcir cerca de 1,59 mil milhões de libras libanesas.
No mesmo documento refere-se que o total de perdas estimadas em resseguro ascende a 1,527 mil milhões de libras, cerca de 94% do total estimado para os danos segurados.
Entre as grandes resseguradoras expostas ao incidente catastrófico, sabe-se que a Swiss Re e a Munich Re realizaram e divulgaram estimativas de perdas associadas ao evento que destruiu parte do centro de Beirute, enquanto a Hannover Re e a Scor ainda não divulgaram eventuais perdas decorrentes do desastre.
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