Dívida pública sobe para recorde de 268,1 mil milhões de euros

A dívida pública, na ótica de Maastricht, subiu 1,1 mil milhões de euros em outubro para os 268,14 mil milhões de euros, atingindo um novo recorde.

A dívida pública, na ótica de Maastricht (a que interessa a Bruxelas), subiu 1,1 mil milhões de euros em outubro para os 268.146 milhões de euros, após ter descido ligeiramente em setembro, segundo os dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal. Este é um novo máximo, superando o recorde alcançado em agosto (267.114 milhões de euros).

Em setembro, a dívida pública tinha baixado ligeiramente, mas a trajetória do stock do endividamento público é de subida desde que a crise pandémica instalou-se, afastando a perspetiva de descidas que a chegada dos excedentes orçamentais tinha dado. Em outubro, a subida para um novo recorde “refletiu, em grande medida, emissões de títulos de dívida, no valor de 1,1 mil milhões de euros“, explica o Banco de Portugal.

Em percentagem do PIB, a dívida pública atingiu os 130,6% no terceiro trimestre, subindo face aos 126% do PIB alcançados no segundo trimestre. Esta evolução é explicada pela subida do défice orçamental, mas principalmente pela queda abrupta do PIB por causa da pandemia. A recuperação registada no terceiro trimestre amparou a subida, mas não a evitou.

Com esta subida para os 130% do PIB, o rácio da dívida pública volta, ainda que temporariamente, a um patamar que estava no terceiro trimestre de 2017, período em que o rácio atingiu os 131,3%. Desde então, até à pandemia, o peso da dívida pública tinha baixado até aos 117,7% registados no quarto trimestre de 2019. Logo no primeiro trimestre, já por causa do vírus, o rácio subiu para os 119,5%.

A expectativa do Governo, de acordo com a proposta do Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021), é acabar o ano com uma dívida pública de 134,8% do PIB, uma previsão mais otimista do que os 137,6% do PIB previstos pelo Conselho das Finanças Públicas ou os 137,2% do PIB previstos pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

Os dados do banco central revelam ainda que os ativos em depósitos das administrações públicas baixaram 0,9 mil milhões de euros para os 24,38 mil milhões de euros. Assim, a dívida pública líquida de depósitos aumentou 2,1 mil milhões de euros em relação ao mês anterior, totalizando 243,8 mil milhões de euros.

(Notícia atualizada às 11h07 com mais informação)

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