Fusão AON-WTW: Bruxelas prepara investigação aprofundada
A Comissão Europeia (CE) prepara-se para lançar investigação aprofundada à operação de fusão entre as corretoras Aon Plc e Willis Towers Watson (WTW), o que deve atrasar decisão para além de março.
O cenário de investigação aprofundada a uma megaoperação de concentração acontece sempre que não haja decisão no final do prazo da análise preliminar e é o que antecipam fontes próximas do processo de fusão Aon-WTW. A passagem à 2ª fase da avaliação (investigação aprofundada) é justificada pela “complexidade da operação”, segundo informação adiantada à agência Reuters.
Anunciada em março passado, a combinação que cria o maior grupo mundial na corretagem de seguros e consultoria de risco é estimada em 30 mil milhões de dólares e foi notificada à CE em meados de novembro, altura em que a Comissão terá solicitado “aos terceiros interessados que lhe apresentem eventuais observações sobre o projeto de concentração”, lê-se no registo da notificação prévia publicado no Jornal Oficial da UE.
A 1ª fase do exame conduzido pela Direção-Geral da Concorrência da UE (fase preliminar) termina a 21 de dezembro, nota a agência de notícias. Depois disso e caso a Comissão Europeia não emita uma decisão (de aprovação, proibição ou imposição de concessões), o exame passa à 2ª fase, como acontece no procedimento aplicado às concentrações sujeitas ao crivo da Concorrência na UE. A partir daí, a operação deve ser apreciada à luz do Regulamento das Concentrações.
Nesta circunstância, o exame de Bruxelas será mais exaustivo e pode demorar mais 90 dias a cinco meses. Enquadrando o pano de fundo em que decorre o exame à operação, a mesma fonte nota que a indústria seguradora enfrenta constrangimentos com o aumento de reclamações, novas ameaças do surto global da Covid-19 e as alterações climáticas.
Reforçando a ideia de que o processo passará a uma 2ª fase de investigação, a Reuters acrescenta que o prazo limite para a Aon se comprometer voluntariamente a fazer concessões no sentido superar obstáculos (que a concentração pode colocar) ao nível da concorrência terminou a 15 de dezembro, sem que alguma proposta tivesse chegado a Bruxelas.
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