“Esta recuperação económica, a que chamamos verde, vai ser feita pelas empresas”

A recuperação verde da economia num cenário pós-pandémico esteve em debate no terceiro painel do Green Economy Forum 2020, do ECO/Capital Verde, que contou com a EY, CTT e Volkswagen.

Com a recuperação económica na ordem do dia, as empresas são cada vez mais chamadas a agir como um “ator fundamental”, sobretudo em Portugal, onde as PME têm um papel decisivo.

“Esta recuperação, a que chamamos verde porque vamos tentar fazer as coisas de forma diferente em relação ao passado, com um alinhamento das estratégias de valor das empresas com a geração de valor para os acionistas e os stakeholders, vai ser feita pelas empresas, que serão parte da solução”, disse Bernardo Augusto, manager da EY, no painel sobre Recuperação Verde da Economia do Green Economy Forum 2020, do ECO/Capital Verde.

Assista aqui ao painel sobre Recuperação Verde da Economia pós-pandemia

Nos últimos meses, a consultora tem levado a cabo com o BCSD Portugal um mapeamento das oportunidades de financiamento sustentável para as empresas nacionais.

Miguel Salema Garção, diretor de comunicação e sustentabilidade dos CTT, garante que a empresa está a “trabalhar com clientes e parceiros para avançarem todos de forma mais rápida para contribuir para a sustentabilidade”, apesar de estarem alinhados e a caminharem na mesma direção.

“Hoje em dia já é o mercado e os clientes que exigem às marcas uma oferta de produtos sustentáveis de A a Z na sua cadeia de valor, com os CTT a garantirem emissões zero na parte da entrega ao cliente. Depois do projeto-piloto em Lisboa com uma marca de cápsulas de café, vamos expandir as entregas verdes para o Porto e pretendemos alargar a mais cidades portuguesas”, afirma Salema Garção.

Do lado da mobilidade elétrica, Ricardo Tomaz, diretor de marketing estratégico e relações externas da SIVA, deu conta das principais metas da Volkswagen: em 2025 atingirá a neutralidade carbónica e daqui a dez anos 70 a 80% dos carros do Grupo serão elétricos. E mais: vai investir 35 mil milhões em carros elétricos em cinco e mais 11 mil milhões em híbridos.” Esperamos que seja este o caminho, e acreditamos que é”, disse.

“É uma revolução total da mobilidade que se prepara. Se há indústria que mudou nos últimos dois anos e ainda vai mudar mais nos próximos dez, é a automóvel, porque é uma disrupção total face ao passado. O futuro é elétrico”, frisa Ricardo Tomaz.

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