Apenas dez pessoas chegaram para distribuir vacinas aos maiores hospitais de Lisboa

Rangel Pharma é um dos parceiros do Governo na primeira fase de vacinação. No sábado as vacinas chegaram a três hospitais em Lisboa através de um veículo de temperatura controlada.

A Rangel Pharma, unidade do grupo Rangel Logistics Solutions que transporta e armazena medicamentos, foi uma das empresas selecionadas pelo Governo para transportar as vacinas de Covid-19 nesta primeira fase de vacinação. No decorrer da operação estiveram dez pessoas envolvidas, contou ao ECO, Nuno Rangel, presidente executivo do grupo.

“Tivemos dez pessoas envolvidas na sua totalidade durante o decorrer da operação”, afirmou Nuno Rangel, garantindo que não foi necessário contratar mais ninguém para esta operação.

Foi através da Rangel que as vacinas chegaram, sábado, a três hospitais em Lisboa, transportadas num veículo de temperatura controlada. No sábado “só foi necessário utilizar um veículo. Na passada segunda-feira já tivemos dois veículos a fazer entregas”, explicou o CEO da Rangel.

Estes veículos são “específicos para o transporte de medicamentos”, fazem parte da frota da empresa e têm “controlo interior de temperatura, que neste caso oscila entre 15 e 25 graus” negativos, mas também pode ser de “frio positivo de dois a oito graus”. Além do mais, os veículos são rastreados com GPS para se acompanhar a sua deslocação mas também controlar a temperatura dos mesmos.

Questionado quanto às restantes vacinas que aguardam aprovação, como por exemplo a da Moderna, Nuno Rangel explicou que são parceiros do Governo nesta primeira fase, mas estão “disponíveis e com capacidade de resposta às solicitações de logística que forem necessárias”. Até porque, segundo o CEO, “o processo de transporte [das outras vacinas] poderá ser igual”, uma vez que os “equipamentos e embalagens permitem o controlo de temperatura com diversas amplitudes”.

A Rangel está-se a preparar para a vacinação “desde que o tema ‘vacina’ surgiu como solução para a Covid-19”, explicou, mas reconheceu que o maior desafio para esta fase é a “imprevisibilidade”.

A pandemia trouxe mais procura e mais investimento

A Rangel está envolvida na luta contra a Covid-19 não só ao nível da distribuição de vacinas, mas logo no início da pandemia em Portugal. “De imediato houve uma procura enorme por alguns medicamentos e produtos de saúde, o que representou uma duplicação no número de unidades expedidas e nos obrigou a reforçar e a implementar planos para reagir ao aumento da procura”, afirmou o responsável.

Segundo Nuno Rangel, “a procura de todo tipo de medicamentos aumentou nas primeiras semanas da pandemia” pois “as pessoas recearam a falta de medicamentos, e acorreram em grande escala às farmácias para terem stocks de medicamentos em casa”.

Adicionalmente fizeram diversos transportes de carga aérea, com “ventiladores, máscaras, e todo o tipo de material de proteção individual”, para Portugal. Já no país “houve a necessidade de rececionar, triar, montar kits de vários equipamentos e distribuir pelos vários armazéns e hospitais do país”.

Para o futuro vão “investir 12 milhões de euros na operação logística” na Rangel Pharma “com o objetivo de quase duplicar a capacidade de armazenagem e criar mais 130 postos de trabalho até 2025”.

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