BCP dispara 9,5% em bolsa para níveis pré-pandemia da Covid

Títulos do banco negoceiam em forte alta esta quarta-feira na bolsa de Lisboa.

O BCP dispara 9,5% na bolsa de Lisboa, limpando toda a perda gerada pela pandemia. Num dia positivo para o mercado europeu, que reflete a perspetiva de “onda azul” nos Estados Unidos, a o setor da banca está a ser especialmente beneficiado. E o banco português liderado por Miguel Maya atinge assim o valor mais elevado desde 6 de março do ano passado.

As bolsas europeias acordaram animadas pela notícia de que o Partido Democrata dos Estados Unidos está próximo de controlar o Senado e o Congresso do país. Os democratas conquistaram um dos dois lugares que estavam a votação para o Senado e está próxima da “onda azul”, que dará mais poder ao presidente-eleito Joe Biden.

Vai tornar-se mais fácil para o Partido Democrata fazer mudanças mais significativas na política económica” como “aumentos de impostos e mais investimento nas energias renováveis”, segundo explica o analista Mikael Olai Milhoj, do Danske Bank, numa nota citada pela Reuters.

Esta é a principal razão para o impulso nas ações europeias, com o Stoxx 600 a subir cerca de 1% e os bancos europeus — um setor que beneficia por ser cíclico, mas também por ter sido dos mais penalizados na pandemia — a somarem mais de 4%. Portugal não ficou à margem do otimismo e o índice de referência PSI-20 ganha 2,5% para 5.132,50 pontos, em máximos de final de fevereiro do ano passado e com apenas duas das 18 cotadas no vermelho.

A estrela é o BCP, que chegou a subir 9,5% para 0,1438 euros por ação. Além do sentimento positivo generalizado, é também um dia cheio de notícias sobre o banco. Após ter fechado a venda de uma nova carteira de malparado, o BCP está a tentar travar judicialmente a multa milionária da Autoridade da Concorrência.

Desempenho do BCP no PSI-20

A Galp Energia está também entre as cotadas que mais sobem na bolsa de Lisboa, com um ganho de 3,81% para 9,326 euros. A petrolífera acompanha o desempenho do petróleo nos mercados internacionais: o brent de referência europeia sobe 1,4% para 54,37 dólares por barril, enquanto o crude WTI avança 0,9% para 50,39 dólares após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e parceiros da OPEP+ terem chegado a acordo para um ligeiro aumento da produção de petróleo em fevereiro e março, evitando assim um conflito como o vivido no ano passado.

Entre os restantes pesos-pesados do PSI-20, é também a energia que está em destaque. A EDP Renováveis sobe 1,28% para 23,60 euros, a EDP ganha 1% para 5,354 euros e a REN sobe 0,42% para 2,39 euros. A Nos avança 1,42% e a Jerónimo Martins 1,24%.

(Notícia atualizada às 10h55)

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