Bankinter afasta interesse na compra de outros bancos em Portugal
A gestão do Bankinter em Espanha afastou a hipótese de compra de outras instituições financeiras em Portugal. Mas reconheceu que há demasiados bancos no país.
A equipa de gestão do Bankinter afastou a possibilidade de o banco estar interessado em adquirir outras instituições em Portugal, apesar de reconhecer que há demasiadas entidades financeiras no país.
“É verdade que há mais entidades [bancárias] do que seria desejável [em Portugal], mas o Bankinter não está a pensar adquirir nenhuma”, assegurou a presidente do grupo na apresentação à imprensa dos resultados de 2020 da instituição, em Madrid.
María Dolores Dancausa acrescentou que esta posição é a mesma que o banco tem em Espanha, onde o Bankinter “está centrado no seu crescimento orgânico e não quer nada mais”.
O grupo fechou 2020 com um lucro de 317 milhões de euros, uma redução de 42,4% relativamente a 2019, principalmente devido ao impacto das provisões feitas para enfrentar os efeitos da Covid-19.
No relatório de atividade enviado à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) em Espanha, o Bankinter informou que o resultado antes de impostos da sucursal que tem em Portugal foi de 45 milhões de euros em 2020, uma diminuição de 31%, devido, sobretudo, ao facto de o banco ter “deixado de libertar provisões” nesse ano.
“Excelente. A verdade é que [o Bankinter Portugal] fez um exercício excelente”, disse María Dolores Dancausa, insistindo que está “orgulhosa com o desempenho” da sucursal.
Na mesma videoconferência de imprensa, foi revelado que o Bankinter Portugal tem moratórias de ajuda (suspensão de pagamento de empréstimos) num total de 1.000 milhões de euros, que representam cerca de 15% da sua carteira, dos quais 600 milhões são a empresas.
Quanto ao rácio de morosidade (crédito malparado) era de 2,14% no final de 2020 e as provisões feitas para precaver das consequências da pandemia de Covid-19 de 2,5 milhões de euros.
A sucursal seguiu a “tendência” de crescimento do negócio com clientes do resto do grupo, com a carteira de crédito a crescer 7%, alcançando 6.600 milhões de euros no fim do ano.
Em simultâneo, ainda em Portugal, os recursos dos clientes cresceram 6%, atingindo 4.800 milhões de euros, e os recursos geridos fora de balanço aumentaram 2%, totalizando 3.600 milhões de euros.
Quanto às margens do Bankinter Portugal, a instituição realça os “crescimentos de dois dígitos”: 10% na margem de juros e 13% na margem bruta, “impulsionados pelo bom desempenho das comissões”.
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