Tal como o SNS, também os hospitais privados “estão muito pressionados”

Numa altura em que as hospitalizações devido à Covid-19 se mantêm elevadas, o presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) alerta para que “nesta fase, todas as instituições de saúde estão muito pressionadas”. Os privados têm atualmente 360 internados com Covid-19, 60 dos quais em cuidados intensivos.

Com esta pressão e tendo em conta a “gravidade do momento” vivido no país, torna-se “ainda mais relevante que para se afetarem corretamente os recursos (seja a doentes Covid, como a doentes não Covid) haja projeção da atividade necessária e o devido planeamento”, reitera Óscar Gaspar, em declarações ao ECO.

Apesar desta situação, o presidente da APHP garante que os privados estão “sempre disponíveis para colaborar com o Serviço Nacional de Saúde (SNS), na medida do possível e de acordo com as necessidades que nos transmitirem”. Neste momento, os privados têm mais de 900 camas afetas a doentes do SNS, adianta.

“De Norte a Sul, há hospitais privados a colaborar com o SNS: na cedência de hospitais (dois no Algarve), blocos operatórios, enfermarias (exemplo Amadora-Sintra) e equipamentos”, exemplifica Óscar Gaspar. “Os hospitais privados têm colaborado em todos os níveis na luta contra a pandemia”, acrescenta.

Quanto à colaboração entre o público e os setores privado e social, o primeiro-ministro apontou esta sexta-feira que existiam 53 acordos celebrados em todo o país, 13 dos quais para tratamento de doentes infetados com Covid-19.