Lucro da Sanofi mais que triplica em 2020 para 12,3 mil milhões de euros
O lucro das atividades da gigante farmacêutica cresceu 9,6% em valores brutos e 4,2% em valores comparáveis para 7.347 milhões de euros.
A farmacêutica francesa Sanofi revelou esta sexta-feira que teve um lucro de 12.314 milhões de euros no ano passado, quase 3,4 vezes mais que o valor obtido em 2019, devido à venda das ações da biotecnológica norte-americana Regeneron.
No caso de se excluírem estes resultados extraordinários, o lucro das atividades da gigante farmacêutica cresceu 9,6% em valores brutos e 4,2% em valores comparáveis para 7.347 milhões de euros, refere a Sanofi em comunicado.
O resultado operacional, por sua vez, registou um crescimento de 9,7% em termos de dados brutos e 4,4% ao nível de valores comparáveis para 9.762 milhões de euros.
Já o volume de negócios aumentou 3,3% no ano passado, em termos absolutos, para 36.041 milhões de euros, mas recuou 0,2% em termos de dados comparáveis.
O medicamento Dupixent, contra o eczema, contribuiu de forma muito expressiva para o aumento das receitas no ano fiscal de 2020, já que gerou receitas de 3.534 milhões de euros, mais 73,9% do que no ano anterior.
As vendas de vacinas da Sanofi aumentaram 14,6%, mas apenas no quarto trimestre do exercício, graças em particular à “procura recorde” de vacinas contra a gripe, o que ocorreu também num contexto de pandemia da Covid-19.
No quarto trimestre, a farmacêutica obteve receitas de 9.400 milhões de euros, mais 4,2% face ao período homólogo do ano anterior (calculado com câmbios constantes), sendo que o lucro por ação se situou em 1,22 euros, com os analistas a preverem 1,17 euros.
A Sanofi, que está a trabalhar em duas vacinas contra o SARS-CoV-2, anunciou em dezembro passado que os seus planos para colocar no mercado a que está a investigar com a britânica GSK não poderão concretizar-se no início do segundo semestre como o previsto, mas que será adiada a sua entrada no mercado pelo menos até o quarto trimestre deste ano.
No comunicado divulgado, o presidente executivo da Sanofi, Paul Hudson, afirmou que a empresa continua a trabalhar nestes projetos, com novos testes clínicos que vão iniciar-se “nas próximas semanas”.
Lembrou que fizeram um acordo com a Pfizer e a BioNTech para fabricar a vacina que os concorrentes já comercializam nas fábricas da Sanofi.
Quanto às perspetivas financeiras para este ano, a farmacêutica francesa disse ainda que antecipa um aumento do lucro por ação de cerca de 10%, a menos que surjam grandes acontecimentos desfavoráveis e imprevisíveis.
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