Confiança dos consumidores cai para níveis de julho de 2020
Depois de dois meses a subir, a confiança dos consumidores caiu em fevereiro, tocando níveis de julho de 2020. Justificação está nas expectativas quanto ao futuro da economia.
A confiança dos consumidores, mas também dos empresários, voltou a terreno negativo em fevereiro. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), após dois meses a subir, este indicador caiu e tocou mesmo níveis de julho de 2020. A justificar esta evolução estão as expectativas quanto ao futuro da situação económica do país.
O indicador de confiança dos consumidores diminuiu em fevereiro, “depois dos aumentos registados nos dois meses anteriores, de forma menos intensa em janeiro”, refere o instituto, que explica esta diminuição com o “contributo negativo das expectativas relativas à evolução futura da situação económica do país, tendo as perspetivas relativas à evolução futura da realização de compras importantes também contribuído negativamente“.
Contudo, por outro lado, “as opiniões relativas à evolução passada da situação financeira do agregado familiar apresentaram um contributo nulo para a evolução do indicador, enquanto as expectativas relativas à evolução futura da situação financeira do agregado familiar contribuíram positivamente“.
Dentro deste indicador, por setores, destaque para aquele que mede a confiança da Indústria Transformadora, que aumentou em fevereiro, após ter diminuído em janeiro. A explicar esta tendência está o “contributo positivo das expectativas de produção da empresa, tendo as apreciações relativas aos stocks de produtos acabados e as opiniões sobre a evolução da procura global apresentado contributos negativos”.
Por sua vez, o indicador de confiança da Construção e Obras Públicas diminuiu em fevereiro, depois de ter aumentado em dezembro e janeiro. Este indicador diminuiu nas três divisões — promoção imobiliária e construção de edifícios, engenharia civil e atividades especializadas de construção.
O indicador de confiança do Comércio diminuiu em janeiro e fevereiro, após o ligeiro aumento verificado em dezembro. Esta evolução, explica o INE, “resultou do contributo negativo das opiniões sobre o volume de vendas e, sobretudo, das perspetivas de atividade da empresa nos próximos três meses, tendo as apreciações sobre o volume de stocks contribuído positivamente”.
Já o indicador de confiança dos Serviços diminuiu expressivamente em fevereiro, após ter aumentado no mês precedente, retomando a trajetória descendente iniciada em novembro. Em fevereiro, os indicadores de confiança diminuíram em seis das oito secções dos Serviços, destacando-se as Atividades imobiliárias, Alojamento, restauração e similares e Atividades de informação e comunicação.
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