Estas são as novas etiquetas energéticas dos eletrodomésticos

A principal novidade das novas etiquetas energéticas é a escala de classes de eficiência energética que regressa à sua forma original, A (mais eficiente) a G (menos eficiente). 

Chegam esta segunda-feira às lojas físicas e online as novas etiquetas energéticas. Para já vão ser aplicadas apenas em cinco grupos de eletrodomésticos: frigoríficos, congeladores, aparelhos de armazenagem de vinho, máquinas de lavar louça, máquinas de lavar roupa, máquinas combinadas de lavar e secar roupa, televisores e ecrãs. No caso das lâmpadas, a mudança para a nova etiqueta energética entra em vigor a 1 de setembro de 2021.

De acordo com a Adene e com a Deco, a principal novidade das novas etiquetas energéticas é a escala de classes de eficiência energética que regressa à sua forma original, de A (mais eficiente) a G (menos eficiente).

Outra inovação passa ainda pela existência de um código QR na etiqueta que direciona o consumidor para a Base de Dados de Produtos europeia e pictogramas, novos ou revistos, com mais informações sobre o desempenho e as características específicas dos produtos.

Conheça cinco respostas sobre as novas etiquetas energéticas.

Porquê alterar a escala da etiqueta energética para uma escala uniforme para todos os produtos, de “A a G”?

O sistema de etiqueta energética de A +++ / G usado atualmente tornou-se menos eficaz. A escala de eficiência energética com muitos “+” não é clara e a maioria dos produtos já está nas 2-3 classes mais eficientes. Assim, o consumidor tem dificuldades em distinguir os produtos mais eficientes.

Portanto, a União Europeia reviu e otimizou a etiqueta energética de acordo com as necessidades do consumidor. A nova etiqueta incluirá apenas as classes de eficiência energética de “A a G”. Os níveis das classes de eficiência energética serão atualizados regularmente. No geral, a etiquetagem energética e os regulamentos de conceção ecológica proporcionam uma poupança anual de energia de 150 milhões de toneladas equivalente de petróleo (Mtep).

Os objetivos desta legislação estão alinhados com a política de economia circular, que visa proporcionar mais e melhor informação ao consumidor, possibilitando escolhas informadas. A revisão da atual etiqueta energética teve como objetivo regressar a uma ferramenta mais simples: a escala de eficiência energética de “A a G” que é bem compreendida pelos consumidores.

Comprei um eletrodoméstico que tinha uma classe energética A ++, mas dentro da caixa, existe outra etiqueta energética com uma classe C. Qual a diferença?

Para as primeiras quatro categorias de produtos reescalonadas: máquinas de lavar roupa e louça, aparelhos de refrigeração e TVs, a partir de 1 de novembro de 2020 já era possível encontrar, dentro da embalagem, a nova etiqueta energética a par da anterior – especialmente para os produtos colocados no mercado a partir dessa data.

No entanto, durante o período de transição de 1 de novembro de 2020 a 1 de março de 2021, apenas a antiga etiqueta energética foi exibida junto ao produto. A partir do dia 1 de março de 2021 a nova etiqueta energética estará visível nas lojas e nos produtos.

Com o novo reescalonamento, isso significa que os produtos são menos eficientes?

Não. É importante sublinhar que embora as classes de eficiência energética na nova etiqueta sejam diferentes, o desempenho energético do produto é o mesmo. É apenas a classificação do produto que muda, ou seja, a letra na etiqueta energética. A diferença está no índice de eficiência energética e na forma como os produtos são testados para a nova etiqueta, quando comparada à versão antiga.

Vão existir produtos com a classe A no novo esquema de etiquetagem energética?

Sim, existirão produtos com a classe A. Manter uma escala uniforme de “A a G” implicará um processo de reescalonamento periódico. Ou seja, uma vez implementado, é desencadeado um novo processo de reescalonamento quando existir um número significativo de produtos nas duas classes mais eficientes: 30% na classe A ou 50% em ambas as classes A e B e sejam expectáveis novos desenvolvimentos tecnológicos.

A nova etiqueta energética é obrigatória para todas as categorias de produtos com etiquetas energéticas existentes?

A introdução das novas etiquetas energéticas será progressivamente implementada pela União Europeia nos vários grupos de produtos. Os primeiros grupos de produtos a receberem as etiquetas energéticas reescalonados em 2021, são:

• Aparelhos de refrigeração e de armazenagem de vinho
• Máquinas de lavar e lavar e secar roupa
• Máquinas de lavar louça
• TVs e ecrãs eletrónicos
• Fontes de luz

A partir de 1 de março de 2021, os aparelhos de refrigeração com função de venda direta (também conhecidos como frigoríficos e congeladores comerciais) também irão ter uma etiqueta energética. Esta etiqueta só será relevante para o setor dos retalhistas profissionais e, potencialmente, não será visível para os consumidores.

Para os outros grupos de produtos etiquetados, como o ar condicionado, as máquinas de secar a roupa, aspiradores, aquecedores de águas quentes sanitárias, etc., as etiquetas energéticas reescalonados começarão a surgir a partir de 2022.

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