Pandemia fez disparar burlas financeiras. Banco de Portugal tem novos projetos para combater riscos

Os dois novos projetos do Banco de Portugal contam com o apoio da Comissão Europeia, sendo direcionados para as áreas da literacia financeira digital e da prevenção do branqueamento de capitais.

A pandemia trouxe novos riscos para os consumidores portugueses, tendo feito disparar os número no que toca às burlas financeiras. Com o objetivo de combater alguns destes perigos e desafios, o Banco de Portugal irá agora desenvolver dois novos projetos, os quais terão o apoio da Comissão Europeia.

O primeiro deles é direcionado para a área da literacia financeira e envolverá, numa primeira fase, “a realização de um inquérito sobre a adesão da população portuguesa aos canais digitais na utilização de serviços e produtos bancários”, o qual será realizado em conjunto com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

O comunicado de imprensa enviado esta quinta-feira pelo Banco de Portugal esclarece ainda que, posteriormente, será definida pelas duas entidades uma estratégia nacional para a literacia financeira digital e um plano de implementação, de forma a promover a adesão e consciencialização dos portugueses acerca das boas práticas neste domínio.

Isto numa altura em que os cidadãos estão cada vez mais sujeitos aos perigos das burlas financeiras, tendência que se agravou em larga medida durante a pandemia. De acordo com dados do supervisor, houve um aumento de 50% do número de novas averiguações relacionadas com atividades financeiras ilícitas no ano passado.

Um segundo projeto, direcionado para a prevenção do branqueamento de capitais, pretende por sua vez contribuir para um “robustecimento da ferramenta utilizada pelo Banco de Portugal para identificar o nível de risco das instituições financeiras na área do BCFT [branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo] e definir o plano anual de ações de supervisão”.

Desta forma, é visado um fortalecimento do atual sistema de supervisão da instituição, de forma a mais facilmente identificar situações de ilegalidade neste âmbito.

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