Contas de serviços mínimos bancários crescem 25% em 2020

Existiam 129.589 contas de serviços mínimos bancários no final de 2020. Das mais de 30 mil novas contas abertas até ao final do ano passado, 75% dizem respeito a conversões de contas à ordem.

Há cada vez mais adeptos das contas “low cost” em Portugal. No final do ano passado, já eram quase 130 mil pessoas os clientes bancários que detinham contas de serviços mínimos bancários (SMB). Trata-se de um crescimento de 25% face a igual período de 2019, com os portugueses a apostaram em força neste tipo de contas que têm associados custos baixos.

Dados divulgados pelo Banco de Portugal, esta sexta-feira, revelam que no final do ano passado existiam 129.589 contas de SMB, o que representa um crescimento de 25% em relação ao fim de 2019 e de 10,3% comparativamente com o primeiro semestre de 2020.

No espaço de um ano, foram abertas 30.073 contas de SMB em Portugal, sendo que 74,7% resultaram da conversão de um conta à ordem, ao passo que as restantes são novas contas. Embora o número destas contas seja ainda reduzido tem vindo a crescer nos últimos anos”, sinalizou o governador do Banco de Portugal (BdP), Mário Centeno, em conferência de imprensa, acrescentando que há já 104 instituições a disponibilizarem estes serviços. Ao mesmo tempo, nesse período foram encerradas 4.115 contas de SMB, das quais 79,3% por iniciativa do cliente.

Evolução das contas de serviços mínimos bancáriosFonte: Banco de Portugal

Segundo a instituição liderada por Mário Centeno, no final do ano passado, do total de contas de SMB, 5.714 tinham titulares com mais de 65 anos ou um grau de invalidez igual ou superior a 60% e eram co-tituladas por detentores de outras contas de depósito à ordem. Existiam também 1.524 cujos titulares eram contitulares de outras contas SMB (detidas por pessoas com mais de 65 anos ou um grau de invalidez igual ou superior a 60%).

A opção por converter uma conta tradicional por uma “low cost” enquadra-se num contexto de agravamento dos custos associados à detenção de contas bancárias, resultando assim numa solução mais em conta. Este serviço tem um custo anual que no limite pode chegar a 4,38 euros por ano, valor correspondente a 1% do Indexante de Apoios Sociais (IAS).

Neste contexto e para promover estas contas, o BdP e o Ministério do Trabalho, Solidariedade e da Segurança Social (MTSSS) lançaram uma campanha “com o intuito de promover e divulgar” os SMB junto de “jovens, desempregados, pensionistas” ou outras “pessoas em risco de exclusão”, explicou o secretário de Estado Adjunto do Trabalho e da Formação Profissional. Mas também para “trazer para dentro do sistema pessoas que não têm qualquer conta associada”, destaca Miguel Cabrita.

O objetivo é promover a inclusão financeira e aumentar a literacia financeira dos cidadãos. Assim, as duas instituições vão promover e divulgar estes serviços juntos dos portugueses, sendo que para o efeito os trabalhadores da Segurança Social e “de outros serviços do ministério”, como por exemplo, do IEFP, vão receber formação, apontou Miguel Cabrita.

 

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