3.ª edição do Prison Insights é 100% digital

A APAC e Instituto Miguel Galvão Teles juntam-se de novo para uma edição 100% digital do Prison Insights. O tema de foco será “Building Houses, Breaking Walls”.

A 3.ª edição do Prison Insights inicia-se no próximo dia 29 de abril e decorre até ao dia 27 de maio numa edição totalmente online. O tema central é “Building Houses, Breaking Walls”. Nas suas cinco sessões, com oradores internacionais diferentes, o evento procurará desafiar o conceito tradicional de prisão e expor uma nova solução de detenção, comprovadamente mais eficiente e humana: as casas de detenção.

O evento, preparado em parceria entre a APAC Portugal e o Instituto Miguel Galvão Teles (IMGT) da Morais Leitão, reúne oradores nacionais e internacionais e pretende ser um momento de networking para a partilha de conhecimento, experiências e soluções inovadoras sobre temas relacionados com as prisões e com as pessoas que, em algum momento, contactaram com o sistema prisional, em Portugal e no mundo.

A edição de 2019 contou com a presença de 83 organizações e 261 participantes registados. “A edição de 2021 espera ultrapassar estes números, contribuindo para um diálogo alargado, desafiante e frutífero sobre a pena de prisão, a reinserção e temas conexos”, refere a firma de advogados.

O evento contará com a presença de Baz Dreisinger, fundadora da Incarceration Nations Network; Éric de Villeroché, copresidente da La Ferme de Moyembrie, uma herdade onde vivem e trabalham pessoas reclusas, localizada nos arredores de Paris; Michael Murphy, fundador e diretor executivo da MASS Design Group; Jan van Gils, diretor da Exodus Nederland, uma organização holandesa que garante alojamento e apoio a pessoas que estão ou estiveram reclusas e às respetivas famílias; e Greg Boyle, fundador da Homebody Industries, que tem como missão dar esperança, formação e apoio a pessoas que tenham integrado gangues ou tenham estado reclusas, para que se tornem contribuintes ativos da comunidade.

“Um Direito Penal moderno só tem sentido se orientado para dois fins principais, sendo um deles a ressocialização do condenado. E esta depende de um conjunto de elementos e variáveis que exigem atenção, investimento e melhoria continuas, mas só por parte dos principais intervenientes no sistema, mas também de toda a sociedade, que deve estar desperta e mobilizada para os problemas, as soluções e as alternativas – pensando, discutindo, mas também fazendo. E para tudo isso esta iniciativa quer, uma vez mais, ser mobilizadora, sendo nossa responsabilidade (social, e humana) procurar contribuir o mais e melhor possível”, refere Rui Patrício, sócio da ML e cocoordenador do IMGT.

Para João Gouveia, presidente da APAC Portugal, “é urgente repensar um conceito de prisão que foi concebido há mais de 200 anos e cuja estagnação no tempo é flagrante, sobretudo quando comparada com a evolução exponencial e tecnológica dos demais sistemas sociais. Como deveria ser a privação de liberdade no século XXI? Certamente existirá uma solução de detenção que seja mais eficaz na reinserção das pessoas reclusas. Essa reinserção é a via para a criação de sociedades mais seguras e mais inclusivas, a única forma de criar um sistema prisional sustentável, sem “portas rotativas”.

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