Mortalidade em Portugal abaixo da média pela primeira vez desde junho
Entre a 8.ª e a 9.ª semana de 2021, morreram 4.805 em Portugal. O número representa um decréscimo de 182 mortes face à média de mortes para este período entre 2015 e 2019.
Entre 22 de fevereiro e 7 de março, morreram 4.805 pessoas em território nacional. Trata-se de um decréscimo de 182 óbitos registados face à média dos últimos cinco anos, de acordo com os dados preliminares divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística. Desde o início da pandemia, esta situação apenas se tinha verificado entre 8 a 21 de junho do ano passado.
“Nas semanas 8 e 9 (22 de fevereiro a 7 de março) registaram-se em Portugal, respetivamente, 2.506 e 2.299 óbitos, menos 8 e menos 174 óbitos que a média de 2015-2019“, sublinha o INE nos dados preliminares publicados esta sexta-feira. Deste total de 4.805 óbitos registados em território nacional, 542 foram por Covid-19, o que representa 13,1% e 9,3% do total de óbitos, em cada uma dessas semanas, respetivamente.
Neste contexto, o gabinete de estatísticas destaca que “o número de óbitos continuou a decrescer”, sendo que os valores se situam abaixo da média dos últimos cinco anos. Desde o início da pandemia, esta situação apenas se tinha verificado entre 8 de junho e 21 de junho de 2020.
Numa análise mais fina, por grupos etários, o INE constata que “o número de óbitos reduziu-se em todos os grupos etários, com exceção dos grupos 65-69 anos e 70-74 anos”. Do total de 4.805 óbitos registados entre 22 de fevereiro e 7 de março, 3.424 foram registados em pessoas com idades iguais ou superiores a 75 anos (71,3% do total), sendo que destes 2.024 foram de pessoas com 85 ou mais anos (42,1%). Em contrapartida, “a maior redução verificou-se no grupo etário 80 a 84 anos, com menos 108 óbitos que a média 2015-2019 (-11,7%)”, refere o instituto.
Em termos regionais, o Norte foi a região onde se registaram o maior número de óbitos no período analisado (1.396 óbitos), seguido pela Área Metropolitana de Lisboa (1.356), pelo Centro (1.174), pelo Alentejo (450) e pelo Algarve (201). Já as regiões autónomas da Madeira e dos Açores, registaram, respetivamente, 112 e 106 mortes. Contudo, analisando os óbitos por 100 mil habitantes, o maior número de óbitos verificou-se no Alentejo (63,9 óbitos), seguido pelo Centro (53,0), pela Área Metropolitana de Lisboa (47,4) e pelo Algarve (45,9).
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