BRANDS' CAPITAL VERDE Mais ciência, melhor discussão e menos ruído
Esta é a equação de ouro nos processos de tomada de decisão política e empresarial, segundo Rui Minhós, farmacêutico de formação e diretor de External Affairs da Tabaqueira.
Nunca, como agora, a ciência teve tanto destaque nos media. Virologistas, infeciologistas, médicos de Saúde Pública, matemáticos e cientistas de dados são figuras centrais dos principais espaços informativos, seja nas televisões, na imprensa, nas rádios ou nos canais digitais. Quando nos assalta o inesperado e a incerteza, a ciência é o garante da estabilidade, da credibilidade e da segurança. Daí também o crescente número de vozes que apelam a que as decisões tomadas no âmbito do combate à Covid-19, mais do que guiadas pelo sentido político e pela natural permeabilidade à opinião pública, sejam estritamente baseadas em evidência científica. Uma exigência que, à luz daquela que também é a realidade de um mundo com mais vasos comunicantes com as redes sociais – onde vigoram as 1.001 opiniões anónimas, as fake news, os comentários negacionistas e populistas, sem contar com as múltiplas receitas naturais que prometem a cura para uma doença que já dizimou milhões de vidas pelo mundo, – procura dar ordem a uma cacofonia que parece irresolúvel.
Mas séculos de descobertas científicas deram-nos o respaldo necessário para avanços civilizacionais gigantescos, o que demonstra que a ciência deve estar na base dos processos de tomada de decisão. E, na verdade, é nisso que a maioria das pessoas acredita. Em dezembro do ano passado, já o mundo reagia de forma um pouco mais esclarecida à pandemia por Covid-19, a Philip Morris International (PMI), grupo do qual a Tabaqueira é subsidiária, levou a cabo um estudo que dá boa nota desta expectativa generalizada da população no poder e na sapiência da ciência.
De acordo com o estudo “Novas Abordagens Necessárias” – realizado em dezembro de 2020, junto de 22.500 indivíduos adultos, com mais de 21 anos, de mais de 20 países que incluem desde a Austrália a Itália, à Rússia, Noruega e Coreia do Sul – é cada vez mais necessária uma nova abordagem no controlo do tabagismo. Os dados mostram que 77% dos inquiridos concordam que os fumadores adultos devem ter acesso e informações precisas sobre alternativas sem fumo e que tenham sido cientificamente comprovadas como sendo uma melhor escolha do que continuar a fumar cigarros. De igual modo, mais de dois terços (71%) considera que apresentar alternativas sem combustão e sem fumo a fumadores adultos – que de outra forma continuarão a fumar cigarros convencionais – pode ser um fator catalisador na redução dos danos sociais provocados pelo consumo de cigarros.
A desinformação continua a ser uma das principais barreiras à mudança. O estudo mostra que 8 em cada 10 fumadores adultos afirmam que estariam mais disponíveis a mudar para soluções alternativas sem fumo se tivessem maior acesso a informação credível e cientificamente comprovada sobre como estes diferem dos cigarros convencionais. A oportunidade parece estar, portanto, no esclarecimento, na informação e na capacitação para que escolhas conscientes, esclarecidas e informadas possam ser feitas.
Sobre o papel das autoridades nesta literacia e capacitação para uma decisão esclarecida dos fumadores, 73% dos participantes no estudo defende que os governos devem considerar as alternativas sem combustão no desenvolvimento de medidas com vista uma transição melhor e mais rápida para um mundo sem fumo.
Mais de 90% dos inquiridos esperam que os governos, assim como as organizações intergovernamentais, considerem os avanços desenvolvidos pela ciência e pela tecnologia na definição de políticas, maximizando o esclarecimento sobre as opções menos nocivas para a saúde. No entanto, apenas metade (51%) considera que os governos têm garantido o acesso ao conhecimento e aos desenvolvimentos científicos e tecnológicos mais recentes.
A cooperação entre empresas, governos, reguladores e peritos em saúde pública é também uma questão valorizada por 68% dos inquiridos, que vê nesta uma oportunidade para garantir que os fumadores tenham acesso e informações fiáveis sobre as alternativas sem combustão e sem fumo.
"Nestes tempos, por entre o medo e os receios generalizados, mais do que nunca deve ser dado à ciência o papel da ciência, colocando a evidência científica disponível, de forma acessível, aos decisores políticos, empresariais e população em geral.”
Ainda, e conforme o white paper “Em defesa do primado da Ciência”, que se baseou num outro inquérito feito a mais de 19.100 pessoas em 19 geografias distintas, durante o verão de 2020, a crença pública na ciência é, de facto, elevada. 77% dos inquiridos acreditam que a ciência pode dar soluções para os maiores e mais críticos desafios globais, enquanto 79% referem que estão ativamente atentos a novos conteúdos científicos e, tipicamente, procuram aprofundar a informação quando ouvem falar sobre novos desenvolvimentos científicos. Todavia, o white paper deixa bem patente que, mesmo que esta vontade seja grande, nem sempre o acesso a informação científica é fácil: praticamente metade dos entrevistados (48%) afirma que tem dificuldade em aceder a informação credível e fidedigna sobre os últimos desenvolvimentos científicos.
A intenção da PMI, com estes estudos, levados a cabo pela consultora independente Povaddo é a de incentivar um amplo debate sobre o papel da ciência, a importância das decisões com base científica e as oportunidades que criam para o progresso mundial.
O acesso a informação credível, proveniente de fontes científicas fidedignas, que permita a tomada de decisões, é fundamental para evitar os discursos ideológicos e populistas que parecem, tantas vezes, gritar mais alto que os factos e a verdade. Nestes tempos, por entre o medo e os receios generalizados, mais do que nunca deve ser dado à ciência o papel da ciência, colocando a evidência científica disponível, de forma acessível, aos decisores políticos, empresariais e população em geral. O melhor combate à desinformação faz-se com informação. E com a informação vem o debate e a discussão informada, vital ao sucesso dos regimes democráticos e das organizações empresariais.
"Desde 2008, que o grupo em que a Tabaqueira se insere já investiu milhares de milhões de euros na investigação, desenvolvimento, produção e substanciação científica (através de estudos não clínicos e clínicos) de melhores alternativas aos tradicionais cigarros. ”
Sendo certo que o tempo da ciência nem sempre consegue acompanhar a velocidade com que inverdades se espalham pelos múltiplos palcos mediáticos, os escassos meses que os cientistas levaram para chegar às primeiras vacinas contra a Covid-19 provam que o desenvolvimento científico é cada vez mais exponencial, cada desenvolvimento acelera ainda mais o seguinte – conseguindo, dessa forma, responder de forma mais lesta aos desafios da Humanidade.
Mas porque decidiu a PMI promover esta discussão sobre a importância da ciência na sociedade e como base dos processos de tomada de decisão?
Na verdade, este desígnio não é novo. Desde 2008, que o grupo em que a Tabaqueira se insere já investiu milhares de milhões de euros na investigação, desenvolvimento, produção e substanciação científica (através de estudos não clínicos e clínicos) de melhores alternativas aos tradicionais cigarros. Um compromisso assumido plenamente em 2016, quando a empresa avançou uma nova visão para o mundo e uma mudança disruptiva no seu modelo de negócio: criar um futuro livre de fumo, a partir da substituição dos cigarros por melhores soluções, sem combustão, sem fumo, sem alcatrão, para que os fumadores que, de outra forma continuariam a fumar, possam vir a mudar para produtos alternativos, consubstanciados por evidência científica como sendo menos nocivos.
Foram necessários quase quatro anos, desde dezembro de 2016 (ano em que a PMI fez uma primeira submissão à FDA, a Agência Americana para a Segurança Alimentar e para o Medicamento, a revisão da extensa evidência científica no contexto dos pedidos de autorização para a comercialização do IQOS e das unidades de tabaco aquecido nos Estados Unidos) a julho de 2020, e análise de 97 estudos científicos, para que o sistema IQOS da PMI fosse autorizado para ser comercializado como “Produto de Tabaco de Risco Modificado” (Modified Risk Tobacco Product, MRTP da sigla em Inglês). Refere a mesma autorização, que estudos científicos demonstraram que a substituição completa dos cigarros convencionais pelo sistema IQOS – que não queima o tabaco – reduz significativamente a exposição do organismo a constituintes químicos nocivos ou potencialmente nocivos.
A evidência científica precisa de estar ao serviço dos consumidores e dos decisores políticos e empresariais. Só assim é possível mudar mentalidades e caminhar no sentido do progresso. Não deverá ser a nossa missão, enquanto empresa, colocarmos à disposição dos consumidores informação credível e baseada na ciência para que estes possam tomar as suas decisões informadas? Acreditamos que, com o necessário encorajamento regulatório, e tendo apoio da sociedade civil (como bem mostram os resultados do white paper “Em defesa do primado da Ciência” e do inquérito “Novas Abordagens Necessárias”), conseguiremos, de forma progressiva, construir um futuro melhor, sem fumo. Um futuro menos ruidoso, um futuro com melhores discussões e mais esclarecidamente guiado pela ciência.
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