Frota da TAP reduzida em nove aviões em 2020
Ao longo de 2020, entraram em operação sete aviões de nova geração Airbus e saíram de operação 16 aviões. Em termos líquidos, há assim uma redução de nove aeronaves face ao ano passado.
A TAP fechou 2020 com menos de 100 aviões na frota, que está a ser alvo de redução no âmbito do plano de reestruturação. Além de renegociar os prazos de entrega de aeronaves que tinha encomendadas, a companhia aérea está também a vender aviões antigos. Assim, apesar de ter recebido aviões novos, o balanço líquido é negativo.
“A frota da TAP sofreu um ajustamento significativo ao longo de 2020, tendo em conta a nova realidade do setor e da empresa”, anunciou a companhia aérea, no comunicado de apresentação de resultados enviado esta quinta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A frota operacional era de 96 aviões em dezembro, um decréscimo líquido de nove aviões quando comparado com o final do ano de 2019, quando a empresa apresentava uma frota operacional de 105 aviões. Ao longo de 2020, entraram em operação sete aviões de nova geração Airbus (dois A330neo, dois A321neo LR, dois A321neo e um A320neo) e saíram de operação 16 aviões (10 A319, três A320, um A321 e dois A332).
“As adições à frota operacional estão alinhadas com a aposta da empresa em aviões de menor dimensão, com custos por viagem menores, e que permitem à TAP adaptar a sua operação de acordo com o ritmo da recuperação da procura”, aponta. Com o mesmo objetivo de adaptar o negócio, foram convertidos dois A332 em aviões de carga, no segundo semestre do ano, dado o aumento de procura neste segmento.
Após ter pedido ajuda pública, sujeita a um plano de reestruturação que vai condicionar a atividade até 2025, a companhia aérea anunciou a venda de oito aviões Airbus 320. Essa é uma das medidas de poupança de fluxo de caixa que a TAP apresentou à Comissão Europeia e poderá abranger 11 aeronaves.
As vendas estão a ser acompanhadas de outras medidas de redução da frota. A TAP cancelou encomendas que tinham sido feitas, negociou a devolução de alguns aviões e acordou com a Airbus adiar a entrega de 15 novos aviões para 2022, empurrando encargos de mil milhões de dólares. No fim do período da reestruturação, é esperado que a frota seja composta por 99 aviões.
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