Leão elogia trabalhadores e administração da CGD por ajudarem a credibilizar Portugal na UE
O ministro das Finanças elogiou esta terça-feira os trabalhadores e a administração da CGD pela conclusão do plano de reestruturação negociado com a Comissão Europeia.
João Leão disse esta terça-feira que a conclusão do plano de reestruturação da Caixa Geral de Depósitos (CGD) foi uma “peça incontornável de credibilização do Estado português junto das instituições europeias”. Numa audição parlamentar na comissão de orçamento, o ministro das Finanças elogiou os trabalhadores e a administração por ter conseguido dar este “passo importantíssimo” para o sistema financeiro português.
Na sua intervenção inicial da audição no Parlamento, o ministro deixou uma palavra de “apreço e reconhecimento a todos os profissionais da CGD e à sua administração”. Para Leão a conclusão do plano de reestruturação iniciado em 2017 é “um passo relevantíssimo para a estabilização do sistema financeiro” português.
Esta decisão da Comissão Europeia anunciada na semana passada permite que os portugueses possam continuar “a confiar e a contar com um banco público” para financiar a economia, argumentou o ministro, assinalando que esta foi uma “peça incontornável de credibilização do Estado português junto das instituições europeias”.
Esta é “a demonstração para todos de que é possível contornar as mais exigentes dificuldades, com rigor e estrito respeito pelo interesse público“, concluiu Leão.
Foi a 21 de abril que a Direção-Geral da Concorrência (DG Comp) deu por concluída, com sucesso, a execução do plano de reestruturação da Caixa Geral de Depósitos (CGD) iniciado em 2017. Com esta decisão, as autoridades europeias encerraram a monitorização da instituição liderada por Paulo Macedo, num processo que começou em 2012.
A implementação do plano de reestruturação 2017-2020 foi um compromisso assumido pelo Governo português junto de Bruxelas a troco de uma recapitalização do banco público no valor de 4,9 mil milhões de euros, dos quais 3,9 mil milhões resultaram do esforço dos contribuintes e outros mil milhões foram financiados pelos investidores.
Pelo meio de todo o processo, o banco voltou a pagar dividendos ao acionista Estado em 2019, com um cheque de 200 milhões de euros, depois de um interregno de quase uma década. A pandemia voltou, entretanto, a interromper a política de remuneração dos acionistas dos bancos.
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