Diretiva europeia sobre salário mínimo só na presidência francesa em 2022, diz Macron

  • Lusa
  • 8 Maio 2021

O presidente francês Emmanuel Macron afirmou que questões como a diretiva europeia sobre o salário mínimo e a proteção dos trabalhadores das plataformas só deverão ser concluídas em 2022.

O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que questões como a diretiva europeia sobre o salário mínimo e a proteção dos trabalhadores das plataformas só deverão ser concluídas na presidência francesa do Conselho da União Europeia, em 2022.

“Para além desta Cimeira, está toda a nossa agenda económica e social pela qual lutamos há quatro anos (…) tudo o que queremos prosseguir tendo em vista a presidência francesa do Conselho da União Europeia”, disse Macron numa conferência de imprensa no final da reunião do Conselho Europeu, no Palácio de Cristal, Porto.

“Penso na diretiva sobre o salário mínimo, na proteção dos trabalhadores das plataformas, ou na governação durável das empresas, sobre a qual a Cimeira do Porto marca um avanço, mas que deve reforçar-se no quadro do que preparámos para a presidência francesa”, acrescentou.

Emmanuel Macron abordou os avanços conseguidos na Cimeira Social, citando nomeadamente o salário mínimo, a igualdade entre homens e mulheres, o direito individual de formação, o direito dos trabalhadores das plataformas, o enquadramento do trabalho precário e a luta contra os seus abusos.

“Estamos a construir a resposta europeia à pandemia”, afirmou Macron, destacando que a UE tirou as lições que aprendeu durante a crise económica e financeira de 2008.

Ao contrário do que aconteceu nessa altura, afirmou o presidente francês, a Europa conseguiu dar “uma resposta monetária rápida logo em abril de 2020, uma resposta orçamental solidária e ambiciosa com o relançamento de julho de 2020 e uma resposta social conforme aos nossos valores [que] é a Cimeira do Porto e tudo o que ela abarca no quadro do programa de relançamento de ambição a este respeito”.

Para Macron, há dez anos, a União respondeu à crise financeira “com solidariedade tardia, politicas extremamente duras e assimétricas que levaram (…) a programas de privatização, a reformas duras e mesmo recuos dos nossos direitos sociais, em particular em países como Portugal”.

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