PCP: Governo deixa medidas “na gaveta” mas é “mãos largas” para outros

  • Lusa
  • 23 Maio 2021

"O PS resiste, limita, não cumpre face aos problemas dos trabalhadores, ao mesmo tempo que é ‘mãos largas’ com centenas de milhões de euros para os grupos económicos e financeiros", sublinha PCP.

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, acusou, este domingo, o Governo PS de ser “mãos largas” para os grupos económicos e financeiros, mas deixar “na gaveta” medidas para responder a necessidades mais prementes do país.

O PS resiste, limita, não cumpre face aos problemas dos trabalhadores, ao mesmo tempo que é ‘mãos largas’ com centenas de milhões de euros para os grupos económicos e financeiros, em convergência com o PSD e CDS e os seus sucedâneos do Chega e Iniciativa Liberal”, criticou.

Numa intervenção em Baleizão, no concelho de Beja, o líder dos comunistas afirmou que se assiste à “concentração da riqueza num reduzido punhado de acionistas que se apropriam da riqueza criada pelos trabalhadores” e “sugam colossais recursos públicos”. “Acumulam lucros, distribuem dividendos, não pagam os impostos devidos e fazem sair o dinheiro do país”, continuou.

Segundo Jerónimo de Sousa, “o PS teve todas as possibilidades e oportunidades para assumir uma mudança de posicionamento e passar a defender os direitos dos trabalhadores”, mas “não o quis fazer”, optando “pelos interesses do capital”. E o governo socialista “teve todas as oportunidades de responder às necessidades mais prementes, mas nem mesmo as possibilidades abertas pelo Orçamento para 2021 aproveitou”, frisou.

Apesar de argumentar que, graças à “ação e intervenção do PCP”, foi concretizado “um conjunto de medidas de aplicação direta inscritas no Orçamento do Estado [OE] e que não ficaram dependentes de execução pelo Governo”, Jerónimo de Sousa destacou que outras medidas “têm, por parte do Governo, ficado na gaveta e estão por concretizar”.

O líder do PCP discursava no encerramento da tradicional homenagem à trabalhadora rural Catarina Eufémia, assassinada pelas forças do regime fascista há 67 anos, em 19 de maio de 1954, na aldeia de Baleizão (Beja).

Perante algumas dezenas de militantes e simpatizantes do partido, Jerónimo de Sousa abordou também o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a chamada “bazuca”. “Quando se fala de recuperação e dos milhões da tal ‘bazuca’, também aqui se colocam opções. A recuperação não pode ser pretexto para agravar a exploração e ser fonte de acumulação de lucros de milhares de milhões, enquanto crescem as desigualdades e as injustiças sociais”, avisou o secretário-geral do PCP, num “recado” ao Governo, o qual, por diversas vezes ao longo do discurso, “colou” ao PSD, CDS-PP e à Iniciativa Liberal e ao Chega.

A situação dos trabalhadores agrícolas em Odemira também foi apontada por Jerónimo de Sousa e, disse, ilustra “o regresso” de “uma sórdida e brutal exploração” dos latifundiários, como a que existia antes da Reforma Agrária. Odemira é “apenas um exemplo dessa realidade”, no âmbito da qual “os trabalhadores, em grande parte imigrantes, sem direitos laborais, com evidências de práticas abusivas e arbitrárias, vivem em condições degradadas de habitação e saúde”, afirmou.

Vincando que “acentuadas formas de exploração” se alargaram ao país, voltou a exigir que é necessário revogar “as normas gravosas na legislação laboral” que permitem, entre outras situações, “a crescente precarização do vínculo laboral e salários e direitos degradados”, pelo país e em diversos setores de atividade.

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“PSD não hesita em caminhar para uma aliança com a extrema-direita”, diz Catarina Martins

"Rui Rio quer levar a extrema-direita para o Governo e, por isso, perdeu capacidade de disputar o centro ao PS", sublinhou Catarina Martins, na convenção do Bloco de Esquerda.

Catarina Martins aproveitou o discurso de encerramento da conveção do Bloco de Esquerda para atacar o PSD, dizendo que o partido liderado por Rui Rio “não hesita em caminhar para uma aliança com a extrema-direita“. Para a bloquista, os sociais-democratas querem mesmo levar a extrema-direita para o Governo “e, por isso, perderam a capacidade de disputar o centro ao PS“.

“Desde que o Bloco é o terceiro partido e que afastámos o PSD e o CDS do Governo, a direita só tem um objetivo: criar uma fronda que lhe permita voltar ao poder e isso exige nada mais nada menos do que aniquilar a força da esquerda“, afirmou Catarina Martins, este domingo.

A bloquista sublinhou que, quanto chegou a líder do PSD, Rui Rio “enunciava esse objetivo de forma cândida”. “Dizia que só queria impedir que o Bloco determinasse as políticas do Governo de Costa, e para ele bastava”, detalhou Martins, atirando que, entretanto, a direita tornou-se “mais afoita”.

“Neste mundo mundo, o PSD não hesita em caminhar para uma aliança com a extrema-direita“, criticou a coordenadora do BE. E acrescentou: “Já há gente do PSD a gritar que quer exterminar o Bloco“. O BE, garantiu Catarina Martins, será uma “barreira contra a extrema-direita”. “Eles medem-se pelo ódio, nós pelo respeito”, salientou.

Sobre o partido liderado por Rui Rio, a líder do Bloco de Esquerda defendeu, ainda, que o “PSD é hoje um fantasma que só vibra quando alguém grita ‘morte ao socialismo’“.

Quanto ao Executivo de António Costa, Catarina Martins também deixou críticas. Lembrou, por exemplo, que os compromissos propostos pelo Bloco de Esquerda foram recusados, no último Orçamento do Estado, que o Governo “desistiu de entregar as 26 mil casas” e que a promessa de mais escalões de IRS parece ter sido abandonada.

E sobre o emprego, a líder do Bloco de Esquerda voltou a insistir na necessidade de rever as leis laborais — o que o Governo tem recusado — ou, caso contrário, “o esforço de recuperação pode ir parar aos bolsos dos meses que se esquecem de tudo nas comissões de inquérito, mas que se unem sempre para reclamar contra leis de trabalho fortes“. “Se a urgência é o emprego, e sabemos que é, cuidar da qualidade do emprego é a primeira medida para sair da crise“, atirou.

Sobre os impostos, Catarina Martins salientou ainda: “Em Portugal, é mais fácil encontrar uma agulha no palheiro do que um milionário que pague os seus impostos“. E defendeu mais justiça na tributação.

Já quanto às autárquicas, a deputada garantiu que o Bloco de Esquerda “já mudou a política autárquica” e elogiou os “avanços” que os bloquistas têm conseguido, nesse âmbito, por exemplo, na Câmara de Lisboa.

Martins elege 54 mandatos na convenção do Bloco

A lista da atual direção conseguiu 54 dos 80 lugares da Mesa Nacional do BE, uma perda de 16 mandatos em relação a 2018, enquanto a moção E elegeu 17 lugares, sendo Catarina Martins reconduzida como coordenadora do partido. Os delegados da XII Convenção Nacional puderam votar em quatro listas para a Mesa Nacional, o dobro da última reunião magna de 2018.

A liderança de Catarina Martins apresentou uma lista de continuidade e sem grandes alterações e elegeu, nas votações em urna que encerraram esta manhã, no último dia da Convenção Nacional, 54 mandatos para a Mesa Nacional, com 224 votos.

Assim, Catarina Martins foi reconduzida como coordenadora nacional do BE, uma vez que lidera a lista mais votada à Mesa Nacional, o órgão máximo entre convenções. A moção E, promovida pelos críticos do movimento Convergência – já constituído depois da última reunião magna -, conseguiu 68 votos, alcançando 17 mandatos a este órgão máximo entre convenções. Os restantes lugares da Mesa Nacional foram distribuídos da seguinte forma: a moção C com quatro lugares e a N com cinco.

Entre os primeiros 10 reeleitos da lista da atual direção, para além de Catarina Martins, estão o líder parlamentar (atualmente em licença de parentalidade) Pedro Filipe Soares, a eurodeputada Marisa Matias e os deputados Jorge Costa, Joana Mortágua, Fabian Figueiredo (que está a substituir no parlamento Pedro Filipe Soares), Mariana Mortágua, José Soeiro, Isabel Pires e José Manuel Pureza.

O historiador Miguel Cardina, investigador do Centro de Estudos Sociais, o economista Alexandre Abreu, que concorreu às últimas europeias pelas listas do BE e será cabeça de lista à Assembleia Municipal de Cascais, e a ativista e estudante Andreia Galvão são algumas das caras novas que a moção A elegeu. Já a moção E, promovida pelos críticos do movimento Convergência elegeu, entre outros, Ana Sofia Ligeiro e como número dois o histórico Mário Tomé.

Foi ainda eleita a Comissão de Direitos, o outro órgão eleito em Convenção à qual se apresentaram três listas: moção A, moção Q e moção E. Em 2018, a lista da moção encabeçada por Catarina Martins, tinha conseguido 457 votos para a Mesa Nacional, conseguindo 70 dos 80 mandatos, enquanto a moção C elegeu os restantes 10.

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Portugal com 413 novos casos de Covid-19 no segundo dia consecutivo sem mortes a registar

O boletim da DGS indica que, nas últimas 24 horas, foram identificados 413 novos casos de Covid-19, em Portugal. Pelo segundo dia consecutivo, não há mortes a registar.

Nas últimas 24 horas, foram identificados 413 novos casos de Covid-19, em Portugal, de acordo com o boletim divulgado, este domingo, pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Pelo segundo dia consecutivo, não se registaram óbitos.

Subiu para 845.224 o número total de casos de Covid-19 confirmados em Portugal, desde o início da pandemia. Destes, 413 foram identificados, nas últimas 24 horas: 169 em Lisboa e Vale do Tejo, 122 no Norte, 43 no Centro, 25 no Algarve, 22 nos Açores, 19 no Alentejo e 13 na Madeira. O número casos ativos também aumentou. Há agora 22.515 casos a registar, mais 187 do que no sábado.

A maioria dos infetados está a recuperar em casa, estando atualmente 220 utentes em internamento (mais dez do que no último balanço) e 58 nos cuidados intensivos (menos um do que no sábado). E nas últimas 24 horas, 226 infetados foram dados como recuperados, totalizando agora 805.692 “curados” desde o início da pandemia, em Portugal.

O boletim da DGS indica, além disso, que, nas últimas 24 horas, não se registaram mortes por Covid-19. Este é o segundo dia consecutivo sem óbitos. Já o número de contactos em vigilância recuou. Há agora menos 62 pessoas nessa situação, em Portugal.

Por outro lado, o R(t) — isto é, o risco de transmissibilidade — nacional mantém-se nos 1,03, ainda na zona verde da matriz, mas aproximando-se da região amarela do gráfico. A incidência nacional está fixada nos 52,6 casos de infeção por 100 mil habitantes e, particularmente, no continente está nos 49,5 casos de infeção por 100 mil habitantes.

(Notícia atualizada às 14h20)

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Promecel constrói nova fábrica em 2021 num investimento de 2,5 milhões

  • Lusa e ECO
  • 23 Maio 2021

Construção da nova fábrica da Promecel em Braga deverá ficar "concluída no final deste ano", devendo “o processo de mudança de instalações iniciar-se em novembro”.

A empresa Promecel, com atividade no mercado do setor elétrico e de componentes mecânicos, revelou, este domingo, que vai construir uma nova fábrica, em Braga, até ao final deste ano, num investimento avaliado em 2,5 milhões de euros.

Fundada em maio de 1985, a Promecel, uma empresa de capitais privados, que pertence à indústria metalomecânica e tem quatro sócios portugueses, vai investir numa nova fábrica, em Braga, que “estará concluída no final deste ano”, devendo “o processo de mudança de instalações iniciar-se em novembro”, já que as novas instalações distam 300 metros das atuais, disse à Lusa o sócio-gerente, José Manuel Silva.

As atuais estão vendidas – acordadas. No final de 2018 tínhamos adquirido um terreno de cerca de 22 hectares e vamos construir uma fábrica que terá perto do dobro do espaço que temos atualmente”, explicou, exclamando: “Este ano tem de ser!”. Com o processo de mudança a iniciar-se em novembro e dado que a empresa tem muitos equipamentos, “não vai ser nada fácil, estando a fazer essa transição e, simultaneamente, a trabalhar e a entregar material aos clientes”, assinalou o gestor.

E prosseguiu: “Há equipamentos que nem sequer vão ser trocados, serão novos equipamentos a instalar na nova fábrica. Por exemplo, há um novo equipamento que acabámos de comprar e não temos como fazê-lo sem o auxílio do fabricante, pois não há técnicos especializados”.

A empresa espera que em 2026/2027 tenha recuperado o investimento total realizado na nova unidade fabril, não se tendo endividado para o fazer.

Inicialmente, a Promecel estava muito direcionada para os produtos elétricos, normalmente redes de média e baixa tensão. A empresa, que iniciou a sua internacionalização em 1992, possui atualmente uma “estratégia clara de elevada exigência técnica” na abordagem aos mercados externos, afirma ter os “mais avançados meios de produção e de controlo” e conta com 94 trabalhadores com um alto nível de especialização, disse o gestor.

Os seus clientes, por sua vez, pertencem aos mais diversos setores de atividade, sendo que a empresa dispõe cinco setores distintos (maquinação, fundição, estampagem, galvanoplastia e montagem) que podem trabalhar em conjunto para obter o produto final.

A empresa, apesar de não ter tido “grandes crises ao nível de trabalho, teve algumas crises societárias”, recorda à Lusa o gestor, explicando que em 2012, o outro sócio fundador saiu e a empresa Resul (ligada ao setor das ‘utilities’), comprou a participação desse sócio. “A Resul ficou maioritária e vendeu-me, bem como ao meu pai [Armando Silva, um dos fundadores da empresa], a metade da sua posição, trouxe um colega para a gestão, e ambos assumimos a gerência”, recorda.

Na altura, a fabrica “não estava em boas condições financeiras”, pelo que foi traçado um plano de recuperação para finalizar em 2016, pelo que a Promecel financeiramente “deu uma volta por completo”, tendo-se feito uma recuperação total, lembra o gestor.

Mas em 2017, devido à crise do petróleo e à exposição da Resul ao mercado angolano, o mesmo tipo de problemas que se observaram em 2014 e que a Resul ajudou a resolver, começaram a fazer-se sentir, pelo que o gestor acabou por comprar em 2018 maioria do capital.

A Promecel tem agora quatro sócios: José Manuel Silva (sócio-gerente), Armando Silva (sócio minoritário) e dois colaboradores que, desde 2020, passaram a ter uma participação mais pequena. A empresa basicamente não trabalha para o mercado nacional, tendo-se focado no mercado externo, nomeadamente europeu.

Faturação da Promecel regressa a níveis pré-pandemia

Promecel revelou também este domingo que deverá atingir uma faturação entre 7 a 7,2 milhões de euros este ano, depois da queda de 26% em 2020 devido à pandemia da Covid-19. O ano passado fez-nos “voltar uns anos atrás”, devido ao impacto da pandemia, mas em 2021 “recuperaremos o nível de 2019”, disse à agência Lusa o sócio-gerente da Promecel, José Manuel Silva, recordando, contudo, que pelo plano de negócios já deveriam aproximar-se dos 8,5 milhões de euros.

Apesar disso, congratulou-se por ter encerrado 2020 com “um lucro”, embora “não muito elevado”, obtido num contexto desfavorável, e a empresa ter continuado a investir entre 700 mil a 800 mil euros, valor que prevê aplicar também nos próximos anos, embora este seja o último ano em que laboram na atual fábrica em Braga, mudando-se no final do ano para uma nova, a 300 metros desta.

Atingido o limite da capacidade das atuais instalações, através de inovação por detrás de muita imaginação e trabalho das equipas, conseguimos chegar acima dos sete milhões de euros”, disse à Lusa o gestor, adiantando que em 2018 encontraram o terreno e que a empresa vive hoje num “patamar de estabilidade financeira” e sem “pressão financeira” devido ao investimento na nova fábrica.

As consequências da pandemia “nunca iriam” fazer com que a Promecel desistisse das novas instalações, já que estas são “uma necessidade”, pois os mercados para onde exporta “têm essa necessidade”, salientou o gestor. “Aliás, nós temos mesmo de ter outro tipo de condições, até pela precisão em termos de exigência que têm os novos projetos” em que a empresa se envolveu” e aos quais as novas instalações respondem, disse.

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Zmar acolhe mais de 40 migrantes

  • ECO
  • 23 Maio 2021

Depois de terem entrado mais dois grupos de migrantes, o Zmar acolhe atualmente mais de 40 pessoas que residiam em locais considerados inadequados pelas autoridades de saúde.

O Zmar, empreendimento turístico em Odemira, está a acolher atualmente mais de 40 migrantes, depois de, na última semana, terem entrado mais dois grupos de pessoas que residiam em locais que as autoridades de saúde consideraram não terem condições. Segundo avança, este domingo, o Público (acesso condicionado), a requisição civil mantém-se e ameaça cada vez mais os planos de viabilização do complexo, que se encontra insolvente.

De acordo com o jornal, uns dias depois de terem chegado os primeiros migrantes ao Zmar, começaram a sair pessoas para residências disponibilizadas pelas entidades, mas na última semana o fluxo inverteu-se. Assim, chegou ao complexo turístico um grupo de 14 migrantes, transferido da Pousada da Juventude de Almograve, e um outro grupo de mais de 20 pessoas. Neste momento, estão 43 migrantes no empreendimento turístico.

Esta utilização do Zmar está a ser feita ao abrigo de uma polémica requisição civil, que os responsáveis pelo empreendimento entende estar a ameaçar cada vez mais os planos para viabilizar o complexo, que se encontra insolvente, mas cuja reabertura chegou a estar prevista para a próxima segunda-feira.

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📹Posso ser multado na praia? Perguntou ao Google, nós respondemos

É o segundo verão em plena pandemia de Covid-19 e as restrições mantem-se. Agora com a novidade das multas nas praias, saiba o que pode ou não fazer.

As regras são muito semelhantes às do ano passado. Desde a distância entre toalhas, à falta de máscaras ou chinelos são vários os motivos para ser multado. As multas vão de 50 a 100 euros no caso de pessoas singulares e de 500 a mil euros no caso dos concessionários. Saiba mais sobre o que fazer para evitar ser multado quando for à praia:

http://videos.sapo.pt/WUt2RBYzbp04l2J0BR19

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Governo reforça testagem na região de Lisboa para combater aumento de casos

  • ECO
  • 23 Maio 2021

Lacerda Sales adianta que será feito um reforço especificamente nas regiões onde o "aumento do R(t) e da incidência se verifica com maior intensidade", como em Lisboa e Vale do Tejo.

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde considera que a tendência crescente do risco de transmissibilidade — o R(t) — e o aumento dos casos de Covid-19 em Lisboa e Vale do Tejo são “sinais de alerta, não de alarme“. Em entrevista ao Diário de Notícias (acesso pago), António Lacerda Sales indica que será feito um “reforço” nas medidas que permitir controlar a evolução da pandemia, nomeadamente através da “testagem massiva”, vacinação e rastreamento.

O aumento da transmissibilidade e da incidência, seja em que circunstâncias for, preocupa-nos, mas diria que é um sinal de alerta, não de alarme. É importante que isto fique bem definido. Mas, obviamente, que temos de fazer um reforço nas medidas e nas estruturas que nos permitam controlar a gestão de qualquer possibilidade de evolução da doença”, sublinha o responsável, que adianta que tal reforço passará “preferencialmente [pela] testagem massiva, vacinação, rastreamento e com o reforço de ações ao nível da Saúde Pública”.

Sobre a testagem, Lacerda Sales adianta que será feito um reforço especificamente nas regiões onde o “aumento do R(t) e da incidência se verifica com maior intensidade”, como em Lisboa e Vale do Tejo, onde se admite a possibilidade de se voltarem a testar “segmentos fundamentais”, nomeadamente as escolas e a Função Pública. “Para já este reforço de testagem está a ser pensado para a região de Lisboa e Vale do Tejo, o que não quer dizer que não se venha a alargar a outras regiões e concelhos, mas o nosso foco está agora em LVT, porque também foi aqui que os valores subiram um pouco mais”, diz o secretário de Estado.

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Empresas agrícolas em Odemira receberam benefícios fiscais superiores 500.000 euros

  • Lusa
  • 23 Maio 2021

Os dados da AT mostram que 16 empresas agrícolas de Odemira receberam incentivos fiscais em 2019, com destaque para a Atlantic Growers, Vitacress Portugal e a Vitacres Agricultura Intensiva.

Mais de uma dezena de empresas agrícolas presentes em Odemira, distrito de Beja, receberam 559 mil euros em benefícios fiscais em 2019, sobretudo, no âmbito dos Impostos Especiais sobre o Consumo (IEC), segundo dados da Autoridade Tributária (AT).

No total, foram 16 as empresas agrícolas que receberam incentivos fiscais em 2019 (último ano disponível), tendo por base o universo das que integram a Associação de Horticultores, Fruticultores e Floricultores (AHSA).

Em valor, o destaque vai para a Atlantic Growers, empresa de produtos hortícolas, raízes e tubérculos, que recebeu 175.315,98 euros, valor associado ao IEC, em sede do Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP).

Seguem-se a Vitacress Portugal e a Vitacres Agricultura Intensiva, com um total de 135.470,6 euros, a Discroll’s (68.384,54 euros, valor associado ao Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas – IRC), a SudoBerry (55.194,87 euros), a Fruta Divina e a Fruta Divina International (38.788,1 euros) e a The Summer Berry (30.103,26 euros).

Os dados da AT consultados pela Lusa revelaram ainda que, com benefícios fiscais abaixo dos 20.000 euros, no ano em análise, contabilizaram-se a Maravilha Farms (18.063,85 euros), a Gemusering Portugal (11.792 euros), a Hortipor (7.362,63 euros), a Haygrove (6.927,29 euros), a Amazing Promise (6.056,84 euros) e a Lusomorango (3.010,38 euros).

Com montantes mais baixos de incentivos figuram a Zambiagest (2.108,99 euros) e a Monocle Agrícola (1.194,28 euros).

Estas empresas contabilizaram um total de 559.773,61 euros de benefícios fiscais em 2019 – últimos dados disponíveis.

Entre os associados da AHSA incluem-se ainda a Goberrys, a Atlantic Sun Farms, a SSF, o Bambu Parque, a Agrobrejão, a Organic Casinha do Brejo, a Camposol e a First Fruit, todas presentes em Odemira, que não registaram qualquer incentivo fiscal no período analisado, segundo os dados consultados pela Lusa.

A elevada incidência de Covid-19 em trabalhadores do setor agrícola em Odemira, muitos deles imigrantes, denunciou as condições desumanas em que alguns vivem. A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) realizou 122 visitas a 92 empresas de Odemira este ano e levantou 144 autos por infrações laborais, disse no dia 12 de maio a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho.

No dia seguinte, 13 de maio, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou que deve haver “consequências e ilações politicas mais vastas” sobre as condições em que vivem os trabalhadores imigrantes em Portugal, com avaliação por antecipação de outros casos semelhantes ao de Odemira.

No início do mês, a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, já tinha condenado, durante uma audição parlamentar, as “más práticas laborais” e as “situações inadmissíveis” verificadas em Odemira, ressalvando que existe uma grande parte das empresas a assegurar a testagem dos trabalhadores e a garantir condições de habitabilidade.

As declarações da governante surgiram poucos dias após o primeiro-ministro, António Costa, ter sublinhado que “alguma população vive em situações de insalubridade habitacional inadmissível, com hipersobrelotação das habitações”, relatando situações de “risco enorme para a saúde pública, para além de uma violação gritante dos direitos humanos”.

Em Odemira, as exportações de frutos, hortícolas e flores atingiu os 208 milhões de euros em 2020, representando a quase totalidade das exportações de bens do município. Já as exportações de origem vegetal representaram 14,5% do total.

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Moderna vai pedir à UE autorização para uso de vacina em adolescentes

  • Lusa
  • 23 Maio 2021

Atualmente apenas a vacina da Pfizer/BioNTech é autorizada para jovens entre os 16 e 18 anos na União Europeia. Moderna vai pedir para vacinar jovens entre os 12 e os 17 anos.

A empresa americana de biotecnologia Moderna vai apresentar “no início de junho” um pedido de autorização na União Europeia para aplicar a sua vacina contra a Covid-19 em adolescentes dos 12 aos 17 anos. O anúncio foi feito pelo presidente executivo da Moderna, Stéphane Bancel, em declarações ao semanário francês Le Journal du Dimanche, citado pela AFP.

Considerando que “até ao verão todos os adultos que pretendam ser vacinados terão recebido a primeira dose”, Stéphane Bancel estimou que “então será necessário muito rapidamente alcançar os adolescentes dos 12 aos 17 anos”.

Atualmente apenas a vacina da Pfizer/BioNTech é autorizada para jovens entre os 16 e 18 anos na União Europeia, tendo a Pfizer solicitado autorização para uso em jovens de 12 a 16 anos, algo que já aconteceu nos Estados Unidos.

O ideal seria protegê-los antes do final de agosto. Se não vacinarmos em massa, o risco de uma quarta vaga não pode ser descartado“, defendeu Stéphane Bancel, que chefia a área de biotecnologia desde 2011.

A partir da próxima semana, a vacina será utilizada em França fora dos centros de vacinação, por médicos e farmacêuticos, constituindo mais um passo no sentido do acesso às vacinas e da “imunidade de grupo”, garantiu.

A Moderna também está a testar a eficácia de três diferentes reforços contra quatro variantes do coronavírus, esperando os primeiros resultados no início de junho. Bancel disse que a Moderna pode produzir três mil milhões de doses por ano, o que, adicionado aos quatro mil milhões previstos pela Pfizer/BioNTech, seria “o suficiente para vacinar todo o planeta com uma primeira dose”.

A Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) anunciou, no começo do mês, ter começado a avaliar a administração da vacina da Pfizer/BioNTech anticovid-19 para jovens dos 12 aos 15 anos, após um pedido de alargamento do fármaco a esta faixa etária. Espera-se que o resultado desta avaliação seja conhecido até junho, a não ser que sejam necessárias informações suplementares. Caberá depois ao Executivo comunitário tomar uma decisão final juridicamente vinculativa aplicável em todos os Estados-membros da UE.

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Vacinas Pfizer e AstraZeneca eficazes contra variante detetada na Índia, diz estudo

  • Lusa
  • 23 Maio 2021

"Esta nova evidência é inovadora e mostra quão valioso o nosso programa de vacinação contra a Covid-19 é para proteger as pessoas que amamos", sublinhou o ministro da Saúde britânico.

As vacinas da Pfizer e da AstraZeneca são quase tão eficazes contra a variante do coronavírus detetada na Índia como contra a variante descoberta no Reino Unido, segundo um estudo da direção-geral de saúde inglesa conhecido no sábado. A investigação da Public Health England (PHE) foi realizado entre 05 de abril e 16 de maio.

De acordo com o estudo, a fórmula da Pfizer foi 88% eficaz contra a doença sintomática causada pela mutação detetada na Índia duas semanas após a segunda dose, contra 93% de eficácia relativamente à descoberta em Inglaterra.

Os especialistas descobriram que, no caso da AstraZeneca/Universidade de Oxford, a vacina foi 60% eficaz contra a variante detetada na Índia, em comparação com 66% da variante descoberta no Reino Unido (variante de Kent).

Ambos os preparados foram 33% eficazes contra a doença sintomática relativa à variante detetada na Índia três semanas após a primeira dose, contra aproximadamente 50% verificada quanto à do Reino Unido (variante de Kent).

De acordo com os dados, no caso da vacina da AstraZeneca, a preparação leva mais tempo para atingir a sua eficácia máxima. “Esta nova evidência é inovadora e mostra quão valioso o nosso programa de vacinação contra a Covid-19 é para proteger as pessoas que amamos“, disse o ministro britânico da Saúde, Matt Hancock.

O governante acrescentou que agora existe a certeza de que “mais de 20 milhões de pessoas, mais de uma em cada três, têm proteção significativa contra essa nova variante, e que esse número está a crescer em centenas de milhares a cada dia”.

A responsável de imunização do PHE, Mary Ramsay, indicou por sua vez que estes resultados dão “garantias de que essas duas doses das duas vacinas oferecem altos níveis de proteção contra a doença sintomática da variante B1617.2”.

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